Síria e Turquia avançam em parceria energética enquanto interesses estrangeiros crescem sobre recursos sírios
Ankara e Damasco negociam projetos estratégicos em petróleo e gás, ampliando presença turca na reconstrução da infraestrutura síria
247 - Representantes de Síria e Turquia avançaram em discussões sobre cooperação energética, com acordos que preveem a construção de um gasoduto ligando Kilis, na Turquia, a Aleppo, na Síria, e uma linha de transmissão elétrica de 400 kilovolts entre Reyhanlı e Harem. As informações foram divulgadas pela agência estatal síria SANA.
Segundo informações da agência estatal síria SANA, o ministro da Energia da Síria, Mohammed al-Bashir, reuniu-se com uma delegação de investidores turcos para discutir oportunidades de investimento em energia. Durante o encontro, al-Bashir destacou a importância de fortalecer as relações econômicas bilaterais, enquanto os representantes turcos expressaram disposição para estabelecer parcerias estratégicas que beneficiem ambas as nações.
O ministro da Energia da Síria, Mohammed al-Bashir, afirmou que o gasoduto poderá fornecer até seis milhões de metros cúbicos de gás natural por dia para usinas de energia sírias, contribuindo para a melhoria do abastecimento energético no país. Além disso, a linha de transmissão elétrica visa suprir regiões do norte da Síria com até 80 megawatts de eletricidade.
A Turquia, por sua vez, demonstrou interesse em participar da retomada da produção de petróleo e gás na Síria, conforme declarado pelo ministro da Energia turco, Alparslan Bayraktar. Ele destacou que Ancara está trabalhando para ajudar a Síria com o fornecimento de eletricidade e considera expandir esse papel para o setor de petróleo e gás.
Esses desenvolvimentos ocorrem em um contexto de crescente interesse internacional pelos recursos energéticos sírios, especialmente após a suspensão das sanções econômicas ao país anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em maio de 2025. A medida abriu caminho para a entrada de capitais estrangeiros interessados na reconstrução da infraestrutura síria devastada por mais de uma década de conflito.
O atual governo sírio, liderado por Ahmed al-Sharaa, tem raízes em grupos anteriormente classificados como terroristas, como o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), o que adiciona complexidade às dinâmicas políticas e econômicas da região.
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