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      Síria e Israel mantêm diálogo indireto com mediação dos Emirados Árabes Unidos, afirma presidente sírio

      Ahmad al-Sharaa busca conter tensões e obter alívio de sanções durante visita à Europa

      Ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad Hassan al-Shibani 30/12/2024 (Foto: REUTERS/Khalil Ashawi)
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      247 - O presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, confirmou nesta quarta-feira (7) que seu governo está conduzindo negociações indiretas com Israel, mediadas pelos Emirados Árabes Unidos, com o objetivo de evitar uma escalada nos confrontos recentes. A declaração foi feita durante sua primeira visita oficial à Europa desde que assumiu o poder em janeiro, após a deposição de Bashar al-Assad. 

      Em entrevista coletiva em Paris, al-Sharaa afirmou: "Em relação às negociações com Israel, há conversas indiretas por meio de mediadores para acalmar a situação e evitar que ela saia do controle". Ele não especificou quem são os mediadores.

      As tensões aumentaram após uma série de ataques aéreos israelenses na Síria, que, segundo Israel, visavam proteger a minoria drusa de ataques por milícias pró-governo. Israel, que possui uma significativa comunidade drusa, tem expressado preocupação com a segurança dos drusos sírios e alertado grupos militantes islâmicos contra incursões em áreas predominantemente drusas. 

      Durante sua estadia em Paris, al-Sharaa se reuniu com o presidente francês Emmanuel Macron. Macron expressou apoio à suspensão progressiva das sanções europeias contra a Síria, condicionando-a ao "compromisso" do governo sírio com "reformas e justiça". Ele também defendeu a manutenção da presença militar internacional na Síria para combater grupos terroristas que "ameaçam a segurança" no Oriente Médio e na Europa. 

      Al-Sharaa, ex-líder do grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), uma dissidência da Al-Qaeda na região, assumiu a presidência interina após a derrubada de Assad em dezembro. Desde então, tem buscado ampliar os laços com países ocidentais e garantir apoio para a reconstrução do país, devastado por 14 anos de conflito. 

      A visita de al-Sharaa à França ocorre em um momento delicado, marcado por confrontos entre forças leais ao governo interino e combatentes da minoria drusa, que resultaram em quase 100 mortes. Anteriormente, houve violência na região costeira da Síria entre militantes sunitas e membros da minoria alauíta, deixando mais de 1.000 mortos, muitos deles civis alauítas vítimas de ataques de vingança.

      Diante das preocupações das minorias religiosas na Síria, incluindo alauítas, cristãos e drusos, sobre possíveis perseguições sob o novo governo predominantemente sunita, al-Sharaa afirmou ter compromisso com a igualdade: "Todos os sírios serão tratados igualmente, independentemente de religião ou etnia".

      A União Europeia começou a aliviar algumas sanções, suspendendo medidas que afetavam os setores de petróleo, gás, eletricidade, transporte e restrições bancárias. No entanto, os 27 membros do bloco estão divididos sobre a possibilidade de suspender outras sanções econômicas.

      Enquanto isso, os Estados Unidos, sob a istração do presidente Donald Trump, ainda não reconheceram formalmente o novo governo sírio liderado por al-Sharaa. Embora algumas restrições tenham sido relaxadas em janeiro, como a autorização para certas transações com o governo sírio, as sanções impostas durante o regime de Assad permanecem em vigor. 

      (Com informações da Africa News)

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