Secretário do Tesouro dos EUA se reunirá com autoridades chinesas na Suíça ainda nesta semana

Reuters - O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, se reunirão com a principal autoridade econômica da China ainda esta semana na Suíça, em um primeiro o para quebrar o gelo em direção a possíveis negociações sobre o ataque tarifário do presidente Donald Trump.

O escritório do Representante Comercial dos EUA e o Tesouro disseram que Greer e Bessent viajarão juntos para Genebra na quinta-feira (8) e também se encontrarão com a presidente suíça, Karin Keller-Sutter, para discutir negociações sobre comércio recíproco.

O comunicado do Tesouro afirmou que eles se reuniriam com a principal autoridade econômica da China, sem identificá-la nominalmente. Mas o vice-premiê He Lifeng é amplamente considerado o czar econômico e principal negociador comercial da China. A embaixada da China em Washington não pôde ser contatada de imediato para obter comentários.

Os futuros do índice de ações dos EUA subiram com a notícia, com a retomada das negociações após o segundo dia consecutivo de perdas em Wall Street. Os futuros do S&P 500 e-mini subiram cerca de 1%.

"Espero conversas produtivas enquanto trabalhamos para reequilibrar o sistema econômico internacional para melhor atender aos interesses dos Estados Unidos", disse Bessent em um comunicado anunciando as reuniões.

Ele também disse que Greer se reunirá na Organização Mundial do Comércio, em Genebra.

"Sob a orientação do Presidente Trump, estou negociando com os países para reequilibrar nossas relações comerciais, a fim de alcançar reciprocidade, abrir novos mercados e proteger a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos", disse Greer em um comunicado. "Espero ter reuniões produtivas com alguns dos meus colegas, bem como visitar minha equipe em Genebra, que trabalha diligentemente para promover os interesses dos EUA em uma série de questões multilaterais."

As declarações não descreveram a reunião com as autoridades chinesas como o início das negociações. Washington e Pequim estão envolvidos em um jogo de gato e rato sobre tarifas, com cada lado relutante em ceder em uma guerra comercial que abalou os mercados globais e desestabilizou as cadeias de suprimentos.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump acumulou novas tarifas sobre importações chinesas, totalizando 145%, para punir a China por práticas comerciais desleais e pela crise do fentanil nos EUA. A China respondeu com tarifas retaliatórias de 125%. Bessent classificou esses níveis tarifários ​​e um embargo comercial efetivo entre as duas maiores economias do mundo como insustentáveis.

Reportagem de David Lawder e Andrea Shalal; Edição de Leslie Adler e Howard Goller