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      Rússia reúne 29 líderes estrangeiros para o Desfile da Vitória em Moscou, incluindo Brasil, China, Cuba e Venezuela

      Presenças de líderes do Sul Global, ex-repúblicas soviéticas e países aliados reforçam discurso de Moscou pela multipolaridade e contra o isolamento

      Desfile militar do Dia da Vitória em Moscou (Foto: Alexander Shcherbenk/TASS)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em um gesto que reafirma alianças e promove a diplomacia multilateral em tempos de crescente tensão internacional, a Rússia receberá nesta sexta-feira, 9 de maio, a presença de 29 chefes de Estado e de governo estrangeiros para o tradicional Desfile da Vitória em Moscou. A confirmação foi feita nesta terça-feira (6) por Yury Ushakov, assessor do presidente Vladimir Putin para assuntos internacionais.

      "Convidamos muitos estrangeiros. E esperamos que 29 líderes dos países que convidamos estejam presentes no Desfile da Vitória", afirmou Ushakov a jornalistas. O evento, que comemora a vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, é uma das principais datas cívicas e militares da Federação Russa, realizada anualmente na Praça Vermelha.

      A lista de convidados inclui líderes de diversas partes do mundo, com destaque para países da Ásia, África, América Latina e do espaço pós-soviético. Entre os confirmados estão os chefes de Estado ou governo da Abkházia, Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Burkina Faso, China, Congo, Cuba, Egito, Guiné Equatorial, Etiópia, Guiné-Bissau, Cazaquistão, Quirguistão, Laos, Mongólia, Mianmar, Palestina, Sérvia, Eslováquia, Ossétia do Sul, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Venezuela, Vietnã e Zimbábue.

      A diversidade da lista de participantes sinaliza o empenho russo para reforçar seu papel como articulador político junto ao Sul Global e a países que mantêm uma postura independente em relação aos países imperialistas ocidentais. Presenças simbólicas como as de Cuba, China, Venezuela e Brasil podem ser vistas como um indicativo de alinhamentos estratégicos que desafiam a hegemonia dos EUA e da União Europeia.

      Entre os países da ex-União Soviética, destaca-se a forte presença de vizinhos e aliados tradicionais, como Bielorrússia, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Armênia, além dos territórios parcialmente reconhecidos de Abkházia e Ossétia do Sul, cujas presenças desafiam diretamente as posições da Otan e da União Europeia em relação à integridade territorial da Geórgia.

      A participação do Brasil, cuja política externa sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem buscado reafirmar o protagonismo do país em fóruns multilaterais e nas relações Sul-Sul, representa um gesto de autonomia diplomática em meio à polarização internacional. A presença de Lula ao lado de líderes como Xi Jinping (China), Nicolás Maduro (Venezuela) e Miguel Díaz-Canel (Cuba), indica maior aproximação geopolítica com a Ásia e a América Latina progressista.

      Países africanos como Burkina Faso, Congo, Egito, Etiópia, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e Zimbábue também estarão representados, evidenciando a crescente presença russa no continente, onde Moscou tem ampliado sua influência nos campos militar, energético e diplomático.

      Na Ásia, além da poderosa China, o evento contará com a presença de líderes de Laos, Mianmar, Mongólia e Vietnã, países com laços históricos com Moscou e que mantêm políticas externas independentes. A presença de representantes da Palestina também reforça a imagem da Rússia como contraponto às posições ocidentais na guerra de Israel contra os palestinos e demais ações do governo sionista no Oriente Médio.

      Na Europa, destaca-se a presença da Sérvia e da Eslováquia, duas nações que, embora parte do continente europeu, mantêm canais de diálogo e cooperação estreitos com Moscou, em especial nos setores de energia e segurança.

      O Desfile da Vitória de 2025 acontece em um contexto global conturbado, com guerras em curso, como o conflito na Ucrânia, e um ambiente de crescente confrontação entre potências. Nesse cenário, a presença dos mencionados líderes estrangeiros em Moscou reforça o recado político que o Kremlin deseja enviar: o de que a Rússia não está isolada e segue sendo uma potência central em um mundo cada vez mais multipolar.

      A celebração conta com a tradicional parada militar na Praça Vermelha, desfile de veteranos e eventos diplomáticos paralelos. Espera-se que Vladimir Putin, aproveite a ocasião para reiterar os valores históricos da vitória soviética sobre o nazismo, além de reafirmar as posições soberanas da Rússia sobre a atual disputa global por segurança, soberania e autodeterminação.

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