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      Rússia prepara memorando para nova rodada de negociações com a Ucrânia em Istambul

      Encontro marcado para 2 de junho ainda aguarda confirmação de Kiev; autoridades dos EUA e da Europa devem acompanhar discussões

      Reunião entre russos e ucranianos em Istambul, Turquia (Foto: Divulgação via Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - A segunda rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, prevista para ocorrer em Istambul na próxima segunda-feira (2), ainda depende da confirmação oficial por parte do governo ucraniano. A informação foi divulgada pela agência noticiosa TASS, que também detalhou os bastidores e as movimentações diplomáticas que antecedem o encontro. Moscou já finalizou um memorando com suas propostas e pretende apresentá-lo durante a reunião.

      Em declaração recente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, destacou que o documento preparado aborda "todos os aspectos da superação das causas subjacentes da crise na Ucrânia". Lavrov afirmou que espera que "todos aqueles que estão genuinamente – e não apenas verbalmente – interessados no sucesso do processo de paz, acolham com satisfação a segunda rodada" de negociações.

      A delegação russa será a mesma que participou da primeira rodada, conforme confirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova. Do lado ucraniano, no entanto, ainda não há uma posição definitiva. O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que lidera a equipe de Kiev nas tratativas, declarou que "não se importa" em se reunir com os representantes russos, mas exigiu que o memorando de Moscou seja enviado com antecedência.

      A exigência ucraniana foi minimizada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que classificou a demanda como "inútil". Para ele, o mais importante é assegurar a continuidade do diálogo direto entre as partes. “Até onde eu sei, ainda não houve resposta”, disse Peskov ao comentar a ausência de confirmação oficial da participação ucraniana no encontro.

      O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, anfitrião e mediador do processo, reiterou a importância da nova tentativa de diálogo. Em entrevista concedida a jornalistas enquanto viajava para a Ucrânia no dia 29 de maio, Fidan ressaltou: “A iniciativa de realizar negociações em Istambul em 2 de junho é importante, e a Rússia está aguardando uma resposta da Ucrânia”.

      Fidan, que recentemente visitou Moscou, compartilhou com os dirigentes russos os parâmetros que a Turquia considera pragmáticos para um cessar-fogo. Ele se reuniu com o presidente Vladimir Putin, o ministro Lavrov, o chefe do Serviço de Inteligência Exterior, Sergey Naryshkin, e o assessor presidencial Vladimir Medinsky. O chanceler turco observou que há "diferenças entre os requisitos russos e ucranianos para um possível cessar-fogo" e que esses pontos precisam ser harmonizados. Segundo ele, Ancara tem mantido uma linha de comunicação ativa com Moscou, Kiev, Washington e líderes europeus para tentar facilitar um avanço nas negociações.

      Apesar da movimentação diplomática, o Kremlin ainda não divulgou publicamente os termos que propõe para um cessar-fogo, nem esclareceu se tais condições estarão explicitadas no memorando que será apresentado em Istambul. Peskov reforçou que "as negociações devem sempre ocorrer a portas fechadas e não em público".

      Enquanto se organizam os detalhes do encontro, surgiram novas tensões. No dia 28 de maio, foi divulgada a informação de que Vladimir Medinsky, assessor presidencial russo e chefe da delegação nas negociações, teve informações pessoais e de seus familiares publicadas no site ucraniano Mirotvorets, conhecido por listar supostos "inimigos da Ucrânia". A ação gerou ameaças contra ele e sua família. Em resposta, o presidente do Comitê de Investigação da Rússia, Alexander Bastrykin, ordenou a abertura de um processo criminal para apurar o caso.

      Além das delegações oficiais de Rússia e Ucrânia, é esperada a presença de representantes diplomáticos dos Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido em Istambul, conforme revelou o enviado especial do presidente dos EUA, Keith Kellogg.

      Com o encontro prestes a ocorrer, o ime sobre a confirmação da participação ucraniana ainda paira sobre as expectativas internacionais. A nova rodada pode representar um avanço na busca por uma solução diplomática para o conflito iniciado em 2022, mas tudo dependerá da disposição real das partes envolvidas em colocar o diálogo acima da retórica.

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