Em meio às negociações para o fim da guerra na Ucrânia, Rússia pede apoio do Brasil
Chanceler russo, Sergey Lavrov, se reuniu em Moscou com o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim
247 - Em reunião realizada na quarta-feira (28) em Moscou, o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, teria solicitado, segundo a Folha de S. Paulo, ao assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, um posicionamento mais favorável do Brasil em relação à Guerra da Ucrânia. Lavrov teria pedido ao governo brasileiro “compreensão acerca das causas fundamentais” do conflito.
O encontro entre os dois representantes ocorreu à margem de uma conferência internacional sobre segurança, com foco em ações cibernéticas, e contou com clima considerado cordial por fontes diplomáticas, apesar da suposta cobrança russa ter causado surpresa. O Brasil é um dos poucos países a manter uma posição de neutralidade, sendo visto por Moscou como um interlocutor potencialmente influente nas negociações de paz.
Amorim teria reafirmado a postura brasileira, que condenou a invasão russa em votações na ONU, mas também se opõe às sanções econômicas impostas por países ocidentais contra Moscou.
A neutralidade brasileira tem fundamentos históricos e pragmáticos. O Itamaraty privilegia o diálogo e os interesses nacionais, em especial em setores estratégicos como energia e agricultura. Desde o início do conflito, a Rússia intensificou seu papel como fornecedora de óleo diesel para o Brasil, além de já ser um dos principais exportadores de fertilizantes. No entanto, o comércio entre os dois países vem sendo pressionado por sanções ocidentais, que miram embarcações ligadas à exportação de combustíveis russos. Até o momento, não houve relatos de empresas brasileiras afetadas por essas medidas.
A chancelaria russa descreveu o diálogo com Amorim como "franco e substancial". O assessor brasileiro também se encontrou com o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Akbar Ahmadian, presente no mesmo evento.
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