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      Recado da China ao governo Trump: China e EUA devem encontrar a maneira certa de se entender na nova era

      Ministro Wang Yi destaca importância do respeito mútuo e cooperação em conversa com o Secretário de Estado Marco Rubio

      Wang Yi em Jacarta 13/7/23 (Foto: REUTERS/Ajeng Dinar Ulfiana)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em um telefonema na sexta-feira, o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reforçou a necessidade de cooperação e respeito mútuo nas relações entre China e Estados Unidos. A conversa, solicitada pelo governo dos EUA, marcou a primeira interação oficial entre os dois principais diplomatas desde a posse da nova istração do presidente Donald Trump. A notícia foi divulgada pelo Global Times.

      Wang Yi, que também integra o Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, relembrou que os presidentes Xi Jinping e Donald Trump estabeleceram entendimentos importantes durante uma ligação no dia 17 de janeiro. “O desenvolvimento das relações China-EUA alcançou uma nova conjuntura importante”, declarou Wang. Segundo ele, os líderes definiram diretrizes estratégicas que devem nortear os dois países na busca por um relacionamento estável e sustentável. “Devemos implementar os entendimentos alcançados, istrar as diferenças e expandir a cooperação com base em respeito mútuo, coexistência pacífica e ganhos para ambos os lados”, afirmou.

      Postura pragmática versus “América em primeiro lugar”

      Enquanto a China adotou um tom abrangente e construtivo em sua abordagem, o Departamento de Estado dos EUA destacou a prioridade da agenda doméstica americana. Segundo comunicado oficial, Marco Rubio afirmou que “a istração Trump buscará um relacionamento EUA-RPC que promova os interesses dos Estados Unidos e coloque o povo americano em primeiro lugar”. Essa diferença de postura, segundo especialistas como Li Haidong, da Universidade de Relações Exteriores da China, reflete o desafio de alinhar expectativas entre as duas potências.

      “O governo chinês busca uma relação bilateral que beneficie não apenas os dois países, mas o mundo como um todo”, afirmou Li ao Global Times. Ele destacou que, apesar da retórica “América em primeiro lugar”, os dois lados têm espaço para cooperação global, desde que superem diferenças iniciais.

      Questão de Taiwan: a linha vermelha da China

      Durante a conversa, Wang Yi abordou a delicada questão de Taiwan, enfatizando que o território é parte inseparável da China desde tempos antigos. Ele pediu que os EUA respeitem a política de uma só China, compromisso formalizado nos comunicados conjuntos bilaterais. Rubio, por sua vez, reafirmou que “os Estados Unidos não apoiam a independência de Taiwan” e expressou desejo de que o tema seja resolvido de forma pacífica e aceitável para ambos os lados do Estreito de Taiwan.

      Especialistas apontam que a postura dos EUA sobre Taiwan será um teste crucial para o relacionamento bilateral. Lü Xiang, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, observou que, historicamente, Washington enviou “sinais contraditórios” a Taipei, o que minou a confiança com Pequim. “Esperamos que a nova istração americana aja de maneira consistente com seu compromisso de não apoiar o separatismo em Taiwan”, declarou Lü.

      “Agir de acordo” com responsabilidades internacionais

      Em uma mensagem direta ao governo Trump, Wang Yi reforçou que grandes potências devem agir de acordo com suas responsabilidades internacionais, mantendo a paz mundial e promovendo o desenvolvimento global. “Espero que vocês ajam de acordo e desempenhem um papel construtivo para o futuro do povo da China e dos Estados Unidos, bem como para a paz e a estabilidade do mundo”, disse o ministro.

      A expressão usada por Wang, traduzida como “agir de acordo” (Hao Zi Wei Zhi), foi interpretada como um alerta à istração americana para evitar ações que comprometam a estabilidade global. Lü Xiang afirmou que a frase também reflete a posição firme da China em defender seus interesses centrais, especialmente em áreas sensíveis como Taiwan e comércio internacional.

      Cautela no comércio e novos desafios

      O comércio foi outro tema de atenção. Apesar de Trump ter sinalizado cautela ao impor tarifas à China, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, reforçou a posição de Pequim em favor do diálogo. “A cooperação econômica e comercial entre China e EUA é mutuamente benéfica e ganha-ganha. Diferenças devem ser resolvidas por meio de consultas”, disse Mao.

      Especialistas como Lü Xiang acreditam que, embora a retórica americana possa suavizar em certos momentos, a visão estratégica dos EUA que posiciona a China como rival não deve mudar rapidamente.

      Com desafios que vão desde questões comerciais até a estabilidade em Taiwan, a relação China-EUA continua sendo um dos principais eixos para a ordem global. A abordagem das duas potências, com suas prioridades divergentes, determinará o impacto desse relacionamento no cenário internacional.

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