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      Putin critica políticos europeus por falta de autonomia e submissão aos EUA

      Presidente russo afirma que líderes europeus "abanam o rabo obedientemente" para Washington

      Vladimir Putin (Foto: TASS)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em uma entrevista ao canal de televisão "Russia-1", o presidente russo Vladimir Putin fez duras críticas aos políticos europeus, acusando-os de agirem sem autonomia e seguirem os interesses dos Estados Unidos. A declaração foi reproduzida por veículos como "Rússia Hoje" (RT) e a agência de notícias TASS, no dia 2 de outubro. Putin destacou que, embora líderes europeus tenham demonstrado resistência ao presidente americano Donald Trump antes de sua eleição, eles rapidamente se submeteram às diretrizes de Washington, segundo o site Guancha. "Eles abanam o rabo obedientemente", afirmou o líder russo, em tom de crítica.

      Putin comparou a liderança política europeia atual com figuras históricas que, segundo ele, tinham mais independência em relação aos EUA. Ele citou nomes como os ex-presidentes ses Charles de Gaulle, François Mitterrand e Jacques Chirac, além dos ex-chanceleres alemães Willy Brandt, Helmut Kohl e Gerhard Schröder. "Hoje, a Europa quase não tem líderes assim", lamentou Putin, ressaltando que os últimos exemplos de lideranças autônomas remontam a quase 20 anos.

      O presidente russo também criticou a atual geração de políticos europeus, a quem chamou de "pequenas figuras políticas" sem educação ou capacidade. "Eles se deleitam em executar qualquer ordem do governo Biden", afirmou. Putin observou que, embora os líderes europeus preferissem o ex-presidente americano Joe Biden a Trump, eles acabaram se submetendo às políticas de Washington. Ele lembrou que, durante as eleições americanas, muitos líderes europeus tentaram evitar a vitória de Trump, mas, após sua eleição em novembro do ano ado, ficaram "confusos" com o resultado.

      "Trump tem ideias diferentes sobre o que é bom e o que é ruim, incluindo em políticas de gênero e algumas outras questões, e eles não gostam disso", disse Putin. No entanto, ele previu que, em breve, a União Europeia se alinharia novamente às posições de Trump. "Garanto a vocês, com o caráter e a persistência de Trump, ele restaurará a ordem rapidamente. Vocês verão que, em breve, todos eles estarão aos pés do mestre, abanando o rabo obedientemente", declarou.

      Discussão sobre a Alemanha e a memória histórica

      Durante a entrevista, Putin também comentou a discussão na Alemanha sobre a possível proibição do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que tem ganhado força nos últimos anos. Ele argumentou que a proibição de partidos políticos é uma estratégia falha das elites europeias, que, em vez de apresentar propostas atraentes aos eleitores, optam por medidas repressivas. "Eles parecem não entender que, se hoje há uma proibição, amanhã surgirá outra alternativa, outro nome", afirmou.

      Putin defendeu que a solução para questões políticas deve vir por meio de propostas eficazes, não de proibições. "Se a sociedade precisa promover uma ideia política, não há como contornar o problema. Eles nos ensinaram isso: é preciso apresentar um programa mais eficaz", disse.

      O líder russo também abordou a questão da memória histórica na Alemanha, argumentando que os alemães de hoje não devem ser responsabilizados pelos crimes cometidos durante o regime nazista. "A sociedade alemã atual não tem relação com isso. A memória histórica existe, é importante lembrar, mas acho injusto culpar os alemães de hoje pelo que aconteceu nos anos 30 e 40", afirmou.

      Preocupações europeias com Trump e tensões comerciais

      A possível volta de Trump à Casa Branca tem gerado preocupação entre líderes europeus, especialmente devido às suas políticas protecionistas e à retórica de "America First". Durante sua campanha, Trump prometeu resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia "em 24 horas", cortar a ajuda militar à Ucrânia e impor tarifas comerciais globais. Ele também criticou os países europeus por não contribuírem suficientemente para os gastos da OTAN.

      Apesar das preocupações, Putin acredita que a Europa acabará se adaptando às políticas de Trump, assim como fez no ado. Enquanto isso, a União Europeia já se prepara para possíveis tensões comerciais. Recentemente, a UE expressou preocupação com as tarifas impostas por Washington a produtos canadenses, mexicanos e chineses, alertando que medidas protecionistas podem causar instabilidade econômica e inflação.

      Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou que a UE responderá de forma firme a qualquer medida comercial injusta. No entanto, as reações entre os países membros variam. Enquanto a França pede uma resposta "contundente" que "morda" os EUA, a Alemanha sugere que as tarifas sejam vistas como o início de uma negociação.

      Desafios para a unidade europeia

      Analistas apontam que a UE tem o potencial para enfrentar os EUA em disputas comerciais, dada a dimensão de seu mercado comum. No entanto, a união entre os 27 países membros é essencial para que a Europa possa se posicionar de forma eficaz. A dependência europeia em relação à proteção militar americana, porém, pode complicar qualquer confronto mais direto.

      Enquanto isso, as declarações de Putin continuam a reverberar, destacando as tensões geopolíticas e as complexas relações entre Rússia, Europa e Estados Unidos. A entrevista completa foi exibida no programa "Moscou, Kremlin, Putin", do canal "Russia-1", e gerou amplo debate sobre o futuro da política internacional.

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