Grupos empresariais e parlamentares dos EUA criticam guerra comercial de Trump

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta uma reação negativa de grupos empresariais e de alguns membros do próprio Partido Republicano após ter imposto tarifas elevadas a três dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo destaca que associações comerciais representando bens de consumo, petróleo, supermercados e montadoras se alinharam para alertar que as novas tarifas de Trump - de 10% sobre importações da China e 25% sobre as do México e Canadá, com uma taxa menor de 10% para a energia canadense - aumentariam os preços para os norte-americanos e causariam problemas nas cadeias de suprimentos.

De acordo com John Murphy, vice-presidente sênior da Câmara de Comércio dos EUA, o maior grupo empresarial dos EUA, a imposição de tarifas não resolverá os problemas fronteiriços e a praga do fentanil e apenas aumentará os preços para as famílias norte-americanas.

Há um temor generalizado nos EUA de que os alimentos ficarão mais caros, enquanto as montadoras alertaram para o aumento do custo de construção de veículos.

Kim Clausing, pesquisadora sênior do Instituto Peterson, disse que as tarifas representariam "o maior aumento de impostos desde a década de 1990".

As novas medidas comerciais agressivas de Trump foram criticadas por parlamentares, incluindo Tim Scott, o senador republicano da Carolina do Sul, que as classificou como "nada mais do que um imposto sobre os habitantes da Carolina do Sul".

Rand Paul, o senador republicano por Kentucky, escreveu no X: "Tarifas são simplesmente impostos. Conservadores antes se uniam contra novos impostos. Taxar o comércio significará menos comércio e preços mais altos."

Os democratas do Congresso criticaram a medida de Trump.