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      Pesquisadores chineses anunciam tecnologia para criar "frotas fantasmas" e enganar mísseis inimigos

      Sistema de guerra eletrônica usa interferência de 1 bit para simular múltiplos navios e confundir radares adversários

      Frota militar chinesa (Foto: Reuters)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - Pesquisadores do Instituto de Pesquisa em Telemetria de Pequim, vinculado à indústria aeroespacial de defesa chinesa, anunciaram o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora capaz de criar "frotas fantasmas" para enganar sistemas de radar inimigos. A informação foi publicada em um artigo revisado por pares no Journal of Systems Engineering and Electronics, em 28 de fevereiro.

      Em simulações de combate naval, um míssil antinavio foi direcionado a uma suposta frota de oito navios da Marinha do Exército de Libertação Popular da China. No entanto, tratava-se de apenas uma embarcação real. Quatro dispositivos de guerra eletrônica posicionados ao redor do navio emitiram sinais que criaram a ilusão de múltiplas embarcações, enganando até mesmo radares avançados a longa distância.

      A equipe liderada pelo pesquisador Hu Jijun explicou que os bloqueadores de sinal de 1 bit, quando operando em rede, podem induzir mísseis inimigos a perseguirem essas "frotas fantasmas", enquanto os navios reais permanecem ocultos aos radares. Esses bloqueadores transmitem um único sinal para perturbar os sistemas de radar adversários e têm custo significativamente menor em comparação com os sistemas tradicionais.

      Os cientistas destacaram que os bloqueadores de sinal convencionais enfrentam dificuldades para replicar as complexas s eletromagnéticas dos navios modernos, além de exigirem uma implantação extensa e onerosa. Eles afirmaram: "A eficácia dos bloqueadores de radar depende fortemente da fidelidade na imitação das s dos alvos e da adaptabilidade do design". Além disso, ressaltaram que, uma vez implantados, esses bloqueadores apresentam parâmetros operacionais fixos, tornando-os inadequados para condições de batalha dinâmicas.

      A inovação da equipe de Pequim consistiu em substituir os processadores analógicos-digitais caros por conversores analógicos. Cada bloqueador utiliza um chip comparador para converter pulsos de radar interceptados em sinais de 1 bit, registrando apenas se as ondas recebidas ultraam um limiar de voltagem dinâmico. Essa simplificação permite que os dispositivos gerem padrões de interferência realistas que podem evoluir em tempo real.

      De acordo com o estudo, quando quatro desses dispositivos são coordenados por algoritmos personalizados, eles criam "fantasmas de radar" que podem cobrir todo um campo de batalha. Os pesquisadores escreveram: "Por meio da modulação precisa da matriz de bloqueadores, criamos cenários fantasmas desvinculados da realidade — construindo uma cobertura de interferência enganosa hiper-realista em zonas de combate reais".

      Eles enfatizaram que a harmonia dos sinais é crucial para manter a ilusão. Ajustando os limiares de voltagem em frequências específicas, os bloqueadores exploram interações não lineares entre os retornos de radar simplificados e as emissões inimigas, resultando em interferências que imitam não apenas alvos, mas ecossistemas eletromagnéticos inteiros.

      Contudo, os pesquisadores alertaram que os resultados foram obtidos em simulações digitais controladas, sem testes ao vivo com mísseis reais. Eles também reconheceram que o sistema simplificado de 1 bit pode apresentar vulnerabilidades exploráveis e que, caso os mísseis sejam interconectados, será mais difícil enganá-los.

      (As informações são de reportagem do South China Morning Post)

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