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      Papa Leão XIV já criticou Trump e Vance; Casa Branca minimiza

      Autoridades da Casa Branca evitaram comentar as críticas à antiga conta de Prevost, mas celebraram a eleição do primeiro papa norte-americano

      O recém-eleito papa Leão 14, cardeal Robert Prevost, dos Estados Unidos, na sacada da Basílica de São Pedro no Vaticano 08/05/2025 (Foto: REUTERS/Stoyan Nenov)
      Redação Brasil 247 avatar
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      WASHINGTON (Reuters) – Antes de se tornar pontífice, o primeiro papa nascido nos Estados Unidos não hesitava em criticar o presidente Donald Trump e o vice-presidente JD Vance – reflexões publicadas nas redes sociais que ressurgiram nesta quinta-feira, quando ele assumiu a liderança da Igreja Católica, em meio à polarização política dos Estados Unidos.

      Escolhido pelos cardeais para suceder o falecido papa Francisco, o papa Leão 14 tem em seu histórico na plataforma X (antigo Twitter) diversas postagens críticas às políticas de líderes republicanos, feitas por Robert Prevost, seu nome antes de ingressar no pontificado.

      Essas publicações geraram reações imediatas entre apoiadores conservadores de Trump, como a ativista Laura Loomer, embora o próprio presidente tenha expressado satisfação com a escolha. “Ter um papa dos Estados Unidos da América é uma grande honra”, declarou Trump na Casa Branca. Questionado sobre um possível encontro com Leão 14, afirmou: “Eles já ligaram”.

      Autoridades da Casa Branca evitaram comentar as críticas à antiga conta de Prevost, mas celebraram a eleição do primeiro papa norte-americano assim que a notícia chegou às telas dos televisores.

      Em fevereiro, Prevost compartilhou um artigo intitulado: “JD Vance está errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros”. Já em abril, quando Trump se reuniu com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para discutir o uso de um presídio acusado de violações de direitos humanos para abrigar suspeitos deportados dos EUA, Prevost republicou um comentário que questionava: “Você não está vendo o sofrimento? Sua consciência não está perturbada?”

      A Reuters não conseguiu confirmar imediatamente quem gerenciava a conta @drprevost, ativa desde 2011. Foram feitas tentativas de contato com o Vaticano, com a Diocese Católica Romana de Chiclayo, no Peru – onde Prevost atuou por anos –, e com a Embaixada do Peru junto à Santa Sé, para verificar a autenticidade da conta, que também traz pedidos de oração pelo papa Francisco em seus últimos meses de vida.

      A expectativa é de que Leão 14 siga a linha de seu antecessor, um defensor dos pobres e dos imigrantes, que teve embates notórios com o governo Trump. Embora Vance tenha minimizado essas divergências após se reunir com Francisco no Vaticano, na véspera da morte do papa, os atritos eram significativos. Francisco, por exemplo, classificou as políticas migratórias de Trump como “uma desgraça”.

      Entre os apoiadores do movimento “Make America Great Again” (MAGA), a escolha de Leão 14 foi recebida com desdém. “Ele é anti-Trump, anti-MAGA, pró-fronteiras abertas e totalmente marxista, como o papa Francisco”, escreveu Loomer na rede social. Charlie Kirk, ativista de direita, ironizou: “Papa Leão 14: republicano de Chicago e guerreiro pró-vida OU globalista de fronteiras abertas instalado para combater Trump?”

      Católico praticante, JD Vance afirmou estar certo de que milhões de católicos norte-americanos e outros cristãos rezarão pelo sucesso do novo papa. “Que Deus o abençoe!”, escreveu no X.

      Divergências políticas

      Apesar das diferenças, Leão 14 compartilha pontos de vista com a base conservadora. Assim como Trump e Vance, ele é contra o aborto. No entanto, apoia ações contra as mudanças climáticas – tendo pedido que católicos assinassem uma petição em defesa do meio ambiente. Em contraste, Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris.

      Prevost também se posicionou de forma contundente contra o racismo. Durante os protestos de 2020, motivados pelo assassinato de George Floyd por policiais em Minneapolis, ele republicou uma série de mensagens pedindo o fim do preconceito racial. “Precisamos ouvir mais líderes da Igreja se posicionando contra o racismo e em busca de justiça”, escreveu em 30 de maio daquele ano.

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