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      Moscou propõe que diálogo com Kiev aborde as causas da guerra

      Vice-chanceler russo afirma que negociações com Kiev devem tratar dos temas mais sensíveis e que é necessário aceitar as novas realidades territoriais

      Sergey Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia (Foto: Gravil Grigorov/TASS/Presidência da Rússia )
      José Reinaldo avatar
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      247 - A Rússia reiterou nesta terça-feira (13) sua disposição para retomar negociações com a Ucrânia em Istambul, condicionando o sucesso do diálogo ao reconhecimento, por parte da Ucrânia, dos territórios que aram a integrar a Federação Russa após os referendos realizados desde 2014. As informações são do canal RT.

      Em declaração à imprensa, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que o objetivo da reunião proposta é alcançar “uma solução confiável e sustentável para a situação”, insistindo que os temas centrais continuam os mesmos das rodadas anteriores. Segundo ele, as conversas precisam tratar das raízes do conflito, incluindo a “desnazificação do regime de Kiev” e a aceitação da nova configuração territorial do país vizinho.

      “Eles sempre estiveram na agenda: como garantir uma solução confiável e sustentável para a situação, em primeiro lugar, abordando as próprias raízes deste conflito, resolvendo questões relacionadas à desnazificação do regime de Kiev, garantindo o reconhecimento das realidades que se desenvolveram recentemente, incluindo a entrada de novos territórios na Rússia”, afirmou Ryabkov.

      O diplomata se referia às regiões de Kherson e Zaporozhye, além das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk — todas incorporadas ao território russo no fim de 2022, após referendos que não foram reconhecidos pela comunidade internacional. A Crimeia, incorporada em 2014 após o golpe de Estado em Kiev também é parte inalienável da Rússia.

      Apesar da disposição em negociar, Ryabkov expressou ceticismo quanto à postura de Kiev. “É prematuro fazer qualquer previsão”, ponderou o vice-chanceler, acrescentando que a disposição para o diálogo deve ser cobrada do governo ucraniano e de seus aliados ocidentais. “Temos a forte impressão de que, com a abordagem atual, essas figuras podem ser caracterizadas por sua incapacidade de negociar.”

      A proposta de retomada do diálogo partiu do presidente russo, Vladimir Putin, no último domingo (11). Ele declarou que “o processo de acordo deve começar com negociações” e que elas podem resultar em “algum tipo de nova trégua e um novo cessar-fogo”. O gesto foi recebido com reações mistas por parte da Ucrânia e seus apoiadores.

      Inicialmente, Kiev reiterou que qualquer negociação deveria ser precedida por uma trégua mínima de 30 dias. No entanto, a posição do governo ucraniano mudou após a intervenção do presidente dos EUA, Donald Trump, que declarou apoio à proposta russa e instou Kiev a aceitá-la “imediatamente”.

      Diante da pressão, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky sinalizou abertura para o diálogo e afirmou estar disposto a se reunir “pessoalmente” com Putin, o que representaria um marco nas tentativas de resolução do conflito. Ainda assim, o Kremlin evitou confirmar a participação direta do chefe de Estado russo nas tratativas previstas para Istambul.

      “Uma delegação russa estará aguardando o lado ucraniano em Istambul na quinta-feira”, limitou-se a informar o porta-voz presidencial Dmitry Peskov, que se recusou a comentar a eventual presença de Putin, alegando não ter autorização para detalhar a composição da delegação.

      O desenrolar das negociações poderá marcar uma nova fase na guerra que se arrasta desde fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou sua “operação militar especial” na Ucrânia. A possibilidade de um cessar-fogo — ainda que temporário — reacende esperanças de desescalada, mas permanece envolta em incertezas sobre o reconhecimento dos territórios ocupados e o futuro político da Ucrânia no tabuleiro geopolítico da Europa Oriental.

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