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      Macron resiste ao acordo UE-Mercosul alegando “coerência” e Lula garante “boas condições”

      Presidente francês teme concorrência desleal. Lula defende complementaridade agrícola e reafirma compromisso com o meio ambiente

      Lula e Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Durante encontro bilateral em Paris, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron divergiram publicamente sobre os entraves finais do acordo entre Mercosul e União Europeia. Enquanto Macron expressou preocupações com os impactos ambientais e econômicos para os agricultores ses, Lula reforçou que o tratado está pronto para ser assinado e garantiu: “Deixarei a presidência do Mercosul com o acordo firmado, e com o companheiro Macron participando da ”.

      Macron reiterou o apoio francês ao livre comércio, mas alertou para a necessidade de justiça regulatória. “Agora, este acordo, neste momento estratégico, é bom para outros setores, mas comporta risco para os agricultores”, afirmou. Segundo ele, os padrões ambientais exigidos dos produtores europeus são mais rigorosos do que os vigentes no Mercosul. “Como vou explicar aos agricultores que respeitam as normas se eu abro o mercado para produtos que não respeitam essas normas? O clima não é beneficiado, vamos matar nossa agricultura. Isso é injusto”, declarou.

      O presidente francês defendeu a inclusão de cláusulas “espelho” — que equiparam exigências ambientais e sanitárias — e medidas de salvaguarda. “Temos que aprimorar o texto, incluir cláusula espelho ou medidas de salvaguarda”, insistiu Macron.

      Lula diz que acordo é resposta ao protecionismo e convida agricultores ao diálogo - Lula respondeu com otimismo e descontração às preocupações do presidente francês. “Embora o Brasil esteja se transformando em um país produtor de vinho, a gente está facilitando a exportação de vinhos ses para o Brasil. Embora o Brasil produza queijos e champagne, vamos continuar importando os ses”, brincou. Segundo ele, esses gestos demonstram boa vontade e disposição para o entendimento.

      Ao mesmo tempo, Lula cobrou reconhecimento do compromisso ambiental de seu governo. “Pode ter no mundo alguém preocupado com o meio ambiente igual ao meu governo, mas não tem ninguém melhor. E não tem ministra melhor do que a nossa Marina \[Silva]”, disse. Ele afirmou que a agricultura brasileira é complementar à europeia, e defendeu diálogo direto entre os produtores: “Vamos colocar nossos agricultores e cooperativas para discutir. Tenho certeza de que não terá dúvida”.

      O presidente brasileiro fez um apelo direto a Macron: “Não permita que nenhum país europeu coloque dúvida sobre a defesa que o Brasil faz para impedir o desmatamento. Sabem que temos cinco biomas muito importantes e que tratamos esses biomas como se estivéssemos tratando nossa própria cama”.

      Brasil cobra reconhecimento internacional por avanços sanitários e ambientais - Lula reforçou que, para exportar aos mercados internacionais, o Brasil está preparado e atento às exigências. “Hoje estamos vindo aqui na França para receber o atestado de que o Brasil é um país livre de febre aftosa sem vacina. E não estamos falando de um país pequeno: temos mais de 250 milhões de cabeças de gado”, afirmou. “Sabemos que se o Brasil quer exportar, tem que cuidar.”

      Segundo ele, há interesse comercial e político em firmar o tratado com a União Europeia: “Estamos falando de US\$ 22 trilhões em negociação e 700 milhões de habitantes. Não é pouca coisa esse acordo. É uma resposta àqueles que não querem mais o multilateralismo. Não queremos voltar ao protecionismo.”

      Não vale mudar as regras quando ficamos competitivos”, diz Lula - Lula também criticou a mudança de postura de países europeus em relação ao livre comércio. “Nos anos 80 me convenceram de que era preciso ter livre comércio. Eu era contra. De que era preciso a globalização. Eu era contra. Aí, depois que o Brasil entra, agora os que propam não querem mais porque nós ficamos competitivos? Isso não vale.”

      O presidente encerrou sua fala reiterando que fará todos os esforços para concluir o tratado ainda durante seu mandato na presidência rotativa do Mercosul. “Se precisar, eu venho conversar com os agricultores ses para mostrar que eles vão ganhar com o acordo. Leva um grupo para o Brasil ou eu trago aqui. Vamos sentar e conversar. Tenho certeza que a gente faz o acordo. É preciso saber quem é que não quer o acordo”, afirmou.

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