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      Na França, Lula cobra o fim da guerra na Ucrânia; Macron diz que a Rússia "não quer paz"

      Presidente brasileiro defende negociações multilaterais, enquanto francês acusa Moscou de violar a Carta da ONU e rejeitar propostas de cessar-fogo

      Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, durante Cerimônia oficial de boas-vindas. Esplanada dos Inválidos, em Paris (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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      247 - Durante sua visita oficial à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender uma saída negociada para a guerra entre Rússia e Ucrânia e criticou os imes que impedem a construção de um caminho efetivo para a paz. Ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, Lula reiterou que o Brasil condena tanto a invasão russa quanto a continuidade do conflito e se colocou novamente à disposição para contribuir com esforços multilaterais em busca de uma resolução diplomática. A informação é da Agência Brasil.

      "O Brasil, desde o começo dessa guerra, se posicionou contra a ocupação territorial que a Rússia fez no território ucraniano. Ao mesmo tempo, se posicionou contra a guerra", declarou o presidente. Ele lembrou que, ao lado da China, o Brasil apresentou uma proposta conjunta com outros 13 países emergentes para formar um grupo de mediação internacional, o chamado "grupo de amigos da paz".

      Lula também relatou ter conversado pessoalmente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o presidente da China, Xi Jinping, para insistir na necessidade de envolvimento direto nas negociações. "Liguei outra vez para o presidente Putin para dizer a ele que era extremamente importante que ele fosse a Istambul participar pessoalmente das negociações, que seria um sinal que ele faria ao mundo de que está interessado na construção da paz", contou.

      "A guerra não interessa a ninguém", afirma Lula - O presidente brasileiro demonstrou preocupação com a escalada de tensões recentes. "Fiquei preocupado porque, na semana ada, quando se começou a discutir a paz, me parece que houve um ataque da Ucrânia à Rússia, e agora estou vendo que o Trump disse que conversou com o Putin e que a conversa não foi muito boa, que o Putin disse que vai retaliar a Ucrânia."

      Lula condenou o prolongamento do conflito e destacou as perdas humanas como o aspecto mais trágico da guerra. "Já está mais do que provada a insanidade mental da guerra. A guerra não constrói nada. Ela destrói. E uma coisa destruída, a parte mais sagrada não volta, que são os seres humanos que morreram", afirmou. "Quando os dois quiserem negociar a paz, estaremos dispostos a dar nossa contribuição. Mas são os dois que têm que decidir."

      Macron: "A Rússia violou a Carta das Nações Unidas" - Em contraste com a posição de equilíbrio apresentada por Lula, o presidente Emmanuel Macron adotou um tom mais direto. Para o mandatário francês, a guerra tem um responsável claro. "Há um agressor, a Rússia, e um agredido, a Ucrânia. Todos queremos a paz. Mas os dois não podem ser tratados em pé de igualdade", disse Macron, reforçando que o presidente russo rejeitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos e aceita por Volodymyr Zelensky em março.

      "A violação aconteceu; foi causada pela Rússia, e não pela Ucrânia. Então, não podemos nos enganar. Um país violou a Carta das Nações Unidas e recusa a paz", pontuou o presidente francês. Ainda segundo Macron, a mobilização de países como Brasil, China, Estados Unidos e Índia é essencial para pressionar Moscou. "Devemos todos fazer pressão sobre a Rússia para que ela ponha um fim a este conflito", defendeu.

      Crítica à paralisia da ONU e apelo por sua reforma - Lula aproveitou o tema para criticar a impotência do sistema multilateral diante de conflitos armados prolongados. "Lamentavelmente, a ONU está enfraquecida e tem pouco poder de dar opinião sobre a guerra. Por isso, o Brasil tem brigado pelo fortalecimento da representação do Conselho de Segurança da ONU", disse. A crítica ecoa o posicionamento histórico do Brasil pela reforma do organismo, que completará 80 anos sob crescente questionamento quanto à sua eficácia.

      A proposta brasileira de reformar o Conselho de Segurança – que atualmente mantém cinco membros permanentes com poder de veto – busca ampliar a representatividade dos países em desenvolvimento e fortalecer a autoridade da ONU em crises como a da Ucrânia e do Oriente Médio.

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