Líder houthi afirma que ofensiva do Iêmen forçou EUA a cessar ataques
Abdul-Malik al-Houthi destaca sucesso de operações iemenitas em apoio à Palestina e critica agressões americanas e israelenses
247 - Em discurso proferido na última quinta-feira (8), o líder do movimento Ansar Allah do Iêmen, Sayyed Abdul-Malik al-Houthi, declarou que a incapacidade dos Estados Unidos de conter as operações militares iemenitas em apoio à resistência palestina em Gaza levou Washington a interromper sua ofensiva contra o país. As informações são da agência Al Mayadeen.
Al-Houthi enfatizou que a posição do Iêmen não se baseia em "súplica ou rendição", como alegado pelo presidente americano Donald Trump.
Segundo al-Houthi, o Iêmen está plenamente preparado para enfrentar qualquer nova agressão americana. Ele observou que os EUA não teriam mobilizado todos os seus recursos, incluindo porta-aviões e bombardeiros estratégicos, se a postura do povo iemenita não tivesse sido impactante.
O líder iemenita destacou o sucesso completo do bloqueio à navegação marítima israelense como parte do esforço para apoiar o povo palestino. Ele observou que as operações contra a ocupação israelense "continuaram com ímpeto crescente".
Nesse contexto, al-Houthi anunciou que as Forças Armadas do Iêmen realizaram várias operações nesta semana, envolvendo 10 mísseis e drones que atingiram Yafa (Tel Aviv), Haifa, Askalan, al-Naqab e Umm al-Rashrash (Eilat). Ele acrescentou que o número total de operações iemenitas em apoio à resistência palestina desde meados de março ultraou 131, envolvendo 253 mísseis balísticos, de cruzeiro e hipersônicos, além de drones.
Al-Houthi também abordou o ataque ao principal Aeroporto Ben Gurion de Israel pelas Forças Armadas Iemenitas, descrevendo a operação como bem-sucedida, significativa e precisa, observando que há documentação clara e imagens mostrando o míssil iemenita atingindo seu alvo. Ele afirmou que essa operação "expos a vulnerabilidade da ocupação aos mísseis iemenitas e o colapso das defesas israelenses e americanas", explicando que havia quatro camadas defensivas e vários sistemas integrados protegendo o aeroporto, incluindo o sistema THAAD americano recentemente implantado.
O líder iemenita também afirmou que, apesar da intensa agressão americana, as Forças Armadas do Iêmen continuaram a realizar um grande número de operações. Ele observou que os EUA lançaram cerca de 200 ataques aéreos e navais contra o Iêmen apenas nesta semana. Desde meados de março, marcando o que al-Houthi descreveu como "a segunda onda de escalada americana contra o Iêmen", os ataques aéreos e navais americanos ultraaram 1.712 investidas.
Nesse contexto, o líder do Ansar Allah enfatizou que a agressão americana ao Iêmen deliberadamente visou a infraestrutura civil, o que ele chamou de "evidência do fracasso americano e israelense em confrontar as capacidades militares do Iêmen". Ele acrescentou que o fracasso dos EUA em apoiar a ocupação israelense "forçou Israel a se envolver diretamente na agressão contra o Iêmen".
Al-Houthi explicou que o objetivo principal dos EUA e de Israel é eliminar as operações militares do Iêmen, mas o fracasso em alcançar esse objetivo os levou a atacar locais civis na tentativa de prejudicar o povo iemenita, quebrar sua vontade e enfraquecer seu apoio a essas operações.
Em relação à situação em Gaza, o líder do Ansar Allah afirmou que as operações dos combatentes da resistência palestina "refletem a eficácia, resiliência e firmeza de sua posição", destacando que "esse nível de resiliência" merece o apoio de toda a Ummah Islâmica. Ele observou que, embora o povo palestino "possua a força moral para resistir, ainda precisa do apoio e respaldo da Ummah".
Al-Houthi sublinhou que a responsabilidade é "enorme sobre a Ummah Islâmica", alertando que sua contínua indiferença ao que está acontecendo em Gaza "não a isenta das consequências de sua negligência".
Em outro ponto, al-Houthi alertou sobre medidas visando a normalização de laços com a ocupação israelense e o controle total sobre a Mesquita de Al-Aqsa, incluindo planos para destruir o local sagrado e construir o chamado Terceiro Templo em seu lugar.
As declarações de Sayyed Abdul-Malik al-Houthi refletem a determinação do movimento Ansar Allah em manter seu apoio à resistência palestina e sua disposição para enfrentar agressões externas, destacando o papel ativo do Iêmen no cenário geopolítico do Oriente Médio.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: