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      Irlanda deve proibir comércio com assentamentos israelenses para tentar conter o genocídio promovido contra o povo palestino

      Projeto de lei simboliza repúdio da Irlanda à ocupação ilegal e ao extermínio sistemático praticado por Israel nos territórios palestinos

      Michael Martin, primeiro ministro irlandês (Foto: Reuters)
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      247 – Em uma resposta política clara à brutalidade israelense contra o povo palestino, o governo da Irlanda decidiu, nesta terça-feira (27), avançar com um projeto de lei que proíbe o comércio com assentamentos ilegais nos territórios ocupados. A informação é da agência Reuters, que destacou o caráter simbólico da medida, tomada após o reconhecimento formal do Estado da Palestina por parte da Irlanda em 2024.

      Embora o volume comercial entre Irlanda e os assentamentos seja pequeno, o primeiro-ministro Micheál Martin ressaltou o valor diplomático da iniciativa. “Trata-se de um movimento simbólico”, afirmou, indicando que a decisão é parte de um esforço mais amplo para isolar os responsáveis pela ocupação, colonização e extermínio em curso na Palestina.

      De acordo com o chanceler Simon Harris, o projeto visa banir a importação de bens originários dos assentamentos israelenses, não incluindo serviços. A proposta ará agora por uma comissão parlamentar e deve ser votada nas duas casas do Parlamento ainda em 2025. Harris foi direto ao afirmar: “Inúmeras vezes esta pode parecer uma medida pequena, mas é imperativo que todos os países façam o máximo para aumentar a pressão e criar condições para um cessar-fogo”.

      A posição irlandesa se insere num contexto de indignação crescente na comunidade internacional. Na semana anterior, o Reino Unido suspendeu negociações de livre comércio com Israel e impôs novas sanções contra colonos da Cisjordânia. A União Europeia também anunciou uma revisão do acordo de associação com Israel — proposta feita inicialmente por Irlanda e Espanha em 2023.

      A repressão israelense aos palestinos tem sido amplamente denunciada por organismos internacionais como crime contra a humanidade. Relatórios da ONU, da Anistia Internacional e da Human Rights Watch já qualificaram as ações de Israel como apartheid e genocídio. A Irlanda, ao buscar restringir o comércio com os assentamentos, se alinha a essa denúncia e reforça a pressão sobre o regime sionista que perpetua massacres e a limpeza étnica na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

      O projeto de lei que agora ganha força foi originalmente apresentado em 2018, mas havia sido barrado sob o argumento de que a política comercial é competência da União Europeia. Com a emissão de parecer da Corte Internacional de Justiça da ONU, em julho de 2024, classificando a ocupação israelense como ilegal, o governo irlandês retomou a pauta, legitimado por esse respaldo jurídico internacional.

      A medida adotada pela Irlanda envia uma mensagem contundente aos que lucram com a opressão e àqueles que fecham os olhos diante do genocídio palestino: a impunidade não será eterna.

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