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      Indignado, Lula condena o genocídio em Gaza e critica Netanyahu: ‘faz guerra contra os interesses de seu próprio povo’

      Presidente denuncia massacre de civis em Gaza e exige reforma imediata do Conselho de Segurança da ONU

      Lula e Netanyahu (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABIR SULTAN POOL/Pool via REUTERS)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Em um pronunciamento marcado por emoção e indignação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou de forma veemente os ataques conduzidos por Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza, classificando a situação como um “genocídio” e não como um conflito bélico convencional. Lula criticou diretamente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a quem acusou de promover uma guerra que vai “contra os interesses de seu próprio povo”.

      “O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra. É um genocídio de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças”, afirmou. Para Lula, o mundo está falhando em reagir com firmeza diante da tragédia humanitária. “É contra isso que a sociedade tem que se indignar.”

      Críticas à ONU e apelo por mudança estrutural - O presidente voltou a cobrar uma reforma profunda na estrutura do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, que, segundo ele, permanece inoperante diante de crises como a de Gaza. “Estou ficando até muito chato, mas é por isso que eu fico exigindo mudanças no Conselho de Segurança da ONU. A ONU de hoje não pode ser a ONU de 1945”, afirmou.

      Lula defendeu a inclusão de novas vozes e representações no principal órgão de segurança global. “Tem que ter o continente africano participando, o sul-americano, latino-americano. Tem que ter países importantes como Alemanha, Japão. Por que a Índia está fora?”, questionou. Para ele, a mesma ONU que foi capaz de aprovar a criação do Estado de Israel deveria ter autoridade para garantir a existência do Estado palestino nos limites acordados em 1967.

      “O direito de viver”: Lula critica a desumanização dos palestinos - O presidente brasileiro denunciou o tratamento desigual dado à vida de palestinos e judeus no noticiário internacional e nas reações diplomáticas. “Esses dias sofremos com a morte de dois judeus na embaixada de Israel nos Estados Unidos. Mas no mesmo dia duas crianças [palestinas] carregando um saco de farinha foram mortas e não houve solidariedade aos dois que foram mortos na embaixada”, lamentou.

      Lula criticou com firmeza os discursos do governo israelense sobre a Faixa de Gaza. “A gente não pode permitir o discurso do presidente de Israel, que diz todo dia que quer ocupar a Faixa de Gaza. O outro diz que quer fazer um hotel, uma área de lazer. Aquilo é um território que um povo conquistou depois de muito sacrifício”, disse. “Precisamos garantir que eles construam, em harmonia com o Estado de Israel, o direito de viver. É apenas isso. O direito de viver.”

      Condenação ao silêncio internacional e ao desrespeito ao cessar-fogo - Lula também denunciou o que chamou de “conivência global” diante das constantes violações do direito internacional. “Não pode a ONU ficar discutindo um cessar-fogo e não se respeita o cessar-fogo. Ali estamos vendo um genocídio na nossa cara, todo santo dia”, declarou. “Ainda ontem morreram 95 pessoas. Todos inocentes e todos civis. Não tem nenhum chefe do Hamas.”


      “O mundo se cala” - O tom do pronunciamento foi marcado pela emoção. “Sinceramente, não é nem como presidente do Brasil; é como ser humano: não é possível a gente aceitar uma guerra que não existe, e sim um genocídio premeditado”, afirmou. Para Lula, a tragédia em curso em Gaza não atende nem mesmo aos interesses da sociedade israelense. “Um governante de extrema direita está fazendo uma guerra inclusive contra os interesses de seu próprio povo. Ao povo de Israel também não interessa essa guerra. A todos interessa paz.”

      Ao encerrar sua fala, Lula expressou sua indignação com a apatia internacional: “O mundo se cala diante de um genocídio do qual a grande vítima não é só o soldado que está em guerra, mas mulheres e crianças. O dia em que eu perder a capacidade de me indignar, eu não mereço ser dirigente do meu país.”

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