Houthis atacam porta-aviões dos Estados Unidos no Mar Vermelho
Porta-voz do movimento iemenita afirma que ofensiva com mísseis e drones impediu bombardeios norte-americanos contra áreas sob controle rebelde
247 – Rebeldes houthis do Iêmen atacaram o grupo aeronaval dos Estados Unidos liderado pelo porta-aviões Harry S. Truman na parte norte do Mar Vermelho, segundo anunciou neste sábado (6) o porta-voz militar do movimento, Yahya Sarea, em declaração veiculada pela emissora Al Masirah, ligada aos houthis. A informação foi divulgada inicialmente pela agência russa TASS.
“Nas últimas horas, tropas de foguetes e veículos aéreos não tripulados, com apoio da Marinha, iniciaram combates com vários navios de guerra na parte norte do Mar Vermelho, incluindo o porta-aviões norte-americano Harry Truman, utilizando mísseis de cruzeiro e drones”, afirmou Sarea.
De acordo com ele, os ataques contra os navios de guerra norte-americanos “continuaram por várias horas” e teriam conseguido impedir que os Estados Unidos lançassem ofensivas contra regiões do Iêmen atualmente sob controle dos houthis. “A ação teve como objetivo neutralizar a agressão norte-americana contra nosso povo e nossas terras”, acrescentou o porta-voz.
As ações no Mar Vermelho vêm se intensificando nos últimos meses desde que os houthis, alinhados ao Irã, aram a atacar embarcações comerciais e militares na região em retaliação à ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, com o apoio tácito ou explícito dos Estados Unidos. O movimento rebelde alega estar atuando em solidariedade ao povo palestino e contra o que chama de “hegemonia ocidental” na região.
O porta-aviões Harry S. Truman, um dos mais importantes da frota naval dos Estados Unidos, está atualmente destacado em águas próximas ao Oriente Médio para apoiar operações militares norte-americanas, sob ordens do presidente Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em janeiro de 2025. O governo norte-americano ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ofensiva relatada pelos houthis.
A crescente tensão na região aumenta os riscos de um confronto direto entre os Estados Unidos e os aliados do Irã, ampliando o alcance do conflito iniciado em Gaza e elevando o temor de uma escalada militar em uma das principais rotas comerciais marítimas do mundo.
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