Hamas saúda Papa Leão XIV e pede que ele atue contra o genocídio em Gaza
Movimento palestino espera que o novo pontífice mantenha postura firme de seu antecessor, na defesa dos civis em Gaza e na denúncia da ocupação israelense
247 - O Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas) enviou uma mensagem de congratulações ao novo líder da Igreja Católica, Papa Leão XIV, eleito nesta quinta-feira (8) após o segundo dia de conclave no Vaticano. A informação foi divulgada pelo jornal palestino Filastín.
Na nota, o Hamas expressa sua “esperança de que o Papa Leão XIV dê continuidade à abordagem moral de seu falecido antecessor, Francisco, defendendo os oprimidos e tomando medidas eficazes nos fóruns internacionais para deter o genocídio e a limpeza étnica perpetrados pela ocupação sionista contra crianças, mulheres e civis indefesos em Gaza”.
O movimento também destacou a atuação humanitária de Francisco em favor do povo palestino, lembrando que o papa anterior chegou a doar um papamóvel para uso das crianças em Gaza, símbolo de solidariedade em meio ao cerco e aos constantes bombardeios israelenses.
O apelo do Hamas ao novo papa soma-se a uma série de manifestações recentes de lideranças palestinas que pedem apoio internacional para deter o que classificam como crimes de guerra cometidos por Israel nos territórios ocupados. A Autoridade Nacional Palestina (ANP), em declaração oficial, expressou “esperança de que Leão XIV siga os esforços de Francisco pela paz” e reforçou “o orgulho nas relações históricas de amizade entre o Estado da Palestina e a Santa Sé”.
Por sua vez, o presidente palestino Mahmoud Abbas destacou o “papel moral, religioso e político da Santa Sé no apoio a causas justas, especialmente a causa do povo palestino e seu direito à liberdade e independência”.
O pedido do Hamas para que Leão XIV leve a questão palestina aos fóruns internacionais reafirma o peso simbólico e político da Santa Sé em meio à tragédia humanitária que assola Gaza. Segundo dados da ONU, milhares de civis palestinos foram mortos ou feridos desde o início da guerra, e os ataques continuam a atingir hospitais, escolas, residências e locais religiosos — tanto islâmicos quanto cristãos.
A continuidade da postura moral e humanitária da Igreja Católica frente ao conflito será, agora, uma das primeiras provas para o novo pontífice, cuja eleição desperta expectativas em várias partes do mundo — especialmente entre os povos que lutam por justiça e autodeterminação.
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