EUA realizam novos ataques aéreos contra o Iêmen
Ofensiva estadunidense atinge Sanaa, Saada e Al-Hudaydah
247 - Os Estados Unidos voltaram a intensificar seus bombardeios contra o Iêmen na madrugada desta quinta-feira (24), atingindo as províncias de Sanaa, Saada e Al-Hudaydah. As informações são do canal iraniano em espanhol HispanTV, que acompanha de perto os desdobramentos do conflito no Oriente Médio.
De acordo com a reportagem, ao menos seis ataques aéreos norte-americanos atingiram a área de Brash, localizada a leste do Monte Nuqum, na capital iemenita. Além disso, a própria montanha foi bombardeada por mais três mísseis, e o bairro de Al-Jarraf, na mesma província, também foi alvo da ofensiva.
No norte do país, a região de Sahlin, no distrito de Al-Salem, província de Saada, foi atingida por seis bombardeios, enquanto outros três atingiram o norte da cidade de Saada. Na província costeira de Al-Hudaydah, os ataques foram dirigidos ao distrito de At-Tuhayta, agravando ainda mais a destruição em áreas civis do país.
As ofensivas norte-americanas ocorreram poucas horas após um ataque sem precedentes do Iêmen contra Israel. Na quarta-feira (23), o exército iemenita lançou um míssil balístico hipersônico contra um alvo em Haifa, cidade portuária no norte dos territórios ocupados, além de empregar drones suicidas contra Tel Aviv.
Segundo o brigadeiro-general Yahya Sari, porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, “o míssil conseguiu penetrar os céus dos territórios ocupados, já que os sistemas de mísseis antiaéreos não conseguiram interceptá-lo”. Ele destacou ainda que “o ataque semeou medo e ansiedade entre os colonos ilegais, levando dezenas de milhares deles a fugir para abrigos antiaéreos”.
Em outra frente da operação, drones Yaffa, de fabricação iemenita, foram utilizados para atacar alvos em Tel Aviv, como parte de uma ofensiva mais ampla que busca pressionar Israel a cessar suas ações militares na Faixa de Gaza. “Continuaremos nossas operações pró-palestinas até que a agressão em curso contra Gaza cesse e o cerco seja completamente levantado”, afirmou Sari.
Desde o início do genocídio em Gaza, o Iêmen tem se posicionado como um dos mais ativos apoiadores da causa palestina, respondendo com ataques aéreos e navais às ações de Israel e à presença militar dos EUA e do Reino Unido na região. Recentemente, forças iemenitas afirmaram ter atacado dois porta-aviões norte-americanos e abatido um drone MQ-9, o 22º desde o início das operações no Mar Vermelho.
Além dos ataques diretos, o Iêmen vem adotando um bloqueio estratégico nas principais rotas marítimas do Mar Vermelho, com o objetivo de interromper o fluxo de suprimentos bélicos aos seus adversários e forçar a comunidade internacional a agir diante da catástrofe humanitária em Gaza.
A escalada da violência levanta preocupações sobre o alastramento regional do conflito. Os EUA, que mantêm operações militares no Oriente Médio sob o argumento de proteger o tráfego marítimo e conter o que chamam de “ameaças terroristas”, têm ampliado suas ações ofensivas, o que aumenta o risco de um confronto direto com aliados regionais do Iêmen, como o Irã.
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