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      Entenda por que Ucrânia evita aceitar os corpos de seus militares mortos

      Analistas russos afirmam que Kiev evita reconhecer seus mortos para não pagar indenizações às famílias e preservar imagem de força diante do Ocidente

      Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy 13/05/2025 (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)
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      247 - A recusa da Ucrânia em aceitar os corpos de seus soldados mortos e cumprir a troca de prisioneiros com a Rússia tem levantado questionamentos e críticas por parte de autoridades e analistas russos. Durante a segunda rodada de negociações entre os dois países em Istambul, foi acordado que a troca começaria no dia 6 de junho, com a entrega de 640 prisioneiros de guerra ucranianos feridos e o envio de 1.212 corpos de militares de Kiev. No entanto, segundo fontes ouvidas pela agência Sputnik, a Ucrânia não cumpriu sua parte no acordo.

      O analista militar russo Viktor Litovkin afirmou que a decisão de Kiev está ligada ao desejo de demonstrar “sua suposta autonomia” e rejeitar qualquer imposição externa. “Ou seja, ela quer mostrar que não se importa com os acordos. Ela vai fazer o que achar certo”, disse. Segundo ele, o governo ucraniano evita reconhecer oficialmente os soldados mortos para não arcar com os custos de indenizações às famílias. “É que [as autoridades ucranianas] não pagam por pessoas desaparecidas. Não há corpo, não há dinheiro. Eles não pagam seguro para os pais dos mortos”, afirmou.

      Além disso, Litovkin avaliou que a recusa também revela a dificuldade de Kiev em apresentar resultados concretos no campo de batalha e que, em algum momento, os países ocidentais que apoiam a Ucrânia pressionarão para que os corpos sejam aceitos. “Mas, primeiro, têm de se exibir”, declarou.

      A crítica à postura ucraniana também veio da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. Em entrevista à Sputnik, ela afirmou que Kiev promove uma ideologia que despreza a própria população. “No mundo não há povo ou etnia que recuse enterrar seus guerreiros falecidos, mas Kiev cultiva uma ideologia misantrópica e realiza o genocídio do seu próprio povo”, disse.

      Margarita Simonyan, editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, que controla a agência Sputnik, reforçou o tom das críticas. “O regime de Kiev recusou receber os corpos dos seus militares. Recusou realizar a troca de prisioneiros de guerra. Pais e mães não podem enterrar apropriadamente os seus filhos. Não podem se encontrar com os que ainda estão vivos. O regime não quer ter gastos com compensações”, afirmou.

      A recusa da Ucrânia em receber os corpos ainda não foi comentada oficialmente pelo governo de Volodymyr Zelensky. O episódio revela o peso simbólico e político das trocas humanitárias em um cenário de guerra, onde questões militares, econômicas e comunicacionais se misturam à dor das perdas humanas.

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