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      Entenda por que é tão grave a decisão de Trump de reabrir a prisão de Alcatraz

      Plano prevê ampliação substancial da ilha que simboliza repressão e violações de direitos humanos

      Prisão de Alcatraz, fechada em 1963, nos Estados Unidos (Foto: Divulgação)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A declaração de Donald Trump sobre a reabertura da prisão de Alcatraz, feita neste domingo (4), provocou forte reação de juristas, defensores dos direitos civis e políticos progressistas. O ex-presidente dos Estados Unidos anunciou que pretende "reviver" a famosa penitenciária, com uma estrutura “substancialmente ampliada e reconstruída” para deter “os criminosos mais perigosos da América” — incluindo, segundo ele, membros de gangues e imigrantes indocumentados. A proposta reacende memórias sombrias de um ado marcado por tortura, superlotação e isolamento extremo.

      A informação foi divulgada pelo próprio Trump, feito durante um comício no estado da Califórnia. Segundo ele, “é hora de fazer da criminalidade um lembrete visual do que significa cruzar a linha”. Para críticos, no entanto, a medida é mais uma tentativa de mobilizar sua base eleitoral com retórica autoritária e xenofóbica.

      A história sombria de Alcatraz

      A penitenciária de Alcatraz, localizada em uma ilha rochosa na baía de San Francisco, operou oficialmente entre 1934 e 1963. Conhecida como “A Rocha”, tornou-se símbolo de repressão estatal e de punição extrema. Foi inicialmente criada como prisão militar, mas seu auge se deu como prisão federal de segurança máxima, voltada para detentos considerados irrecuperáveis ou perigosos demais para outras instituições.

      Entre os prisioneiros mais notórios que aram por suas celas estão Al Capone, George "Machine Gun" Kelly e Robert Stroud, o "homem-pássaro de Alcatraz". Contudo, mais do que seus presos ilustres, a prisão ficou marcada por suas condições desumanas: isolamento constante, banhos frios, castigos físicos, alimentação precária e pouquíssimas oportunidades de reabilitação.

      Um relatório do Departamento de Justiça dos EUA de 1963 indicou que os custos para manter a prisão eram exorbitantes, enquanto os índices de recuperação dos presos eram praticamente inexistentes. A estrutura da ilha sofria com infiltrações e corrosão pela maresia, tornando a manutenção inviável. A prisão foi oficialmente desativada em março de 1963.

      Violações de direitos humanos

      Além disso, a proposta de Trump levanta preocupações sobre discriminação racial e política: ao associar imigrantes e “inimigos internos” ao encarceramento em massa e ao uso de uma prisão de alta segurança, ele reforça estigmas e discursos de ódio.

      Em um contexto em que os Estados Unidos já enfrentam críticas internacionais por sua política penitenciária — incluindo superlotação, trabalho forçado de detentos e tratamento cruel — a reabertura de Alcatraz seria um grave retrocesso.

      A proposta de Trump deve ser entendida dentro de sua estratégia eleitoral, marcada por espetáculos midiáticos e promessas de "lei e ordem" que buscam mobilizar seus apoiadores mais fiéis. Ao recorrer ao simbolismo de Alcatraz, ele tenta projetar uma imagem de força e controle, ignorando as consequências sociais, legais e humanitárias de sua retórica.

      Especialistas alertam que políticas como essa não apenas falham em resolver os problemas estruturais da criminalidade e da imigração, como também agravam tensões sociais e institucionais. Ao reviver a prisão de Alcatraz, Trump não mira em criminosos perigosos — ele mira no imaginário popular de punição severa, mesmo que isso custe a dignidade humana e os pilares do Estado de Direito.

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