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      Em reunião, Trump pressiona Powell por corte nos juros e diz que EUA estão em “desvantagem econômica”

      Presidente dos EUA cobra redução das taxas de juros em reunião com o chefe do Fed e reclama de impacto negativo frente à China

      O presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, durante uma entrevista coletiva em Washington, EUA (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)
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      247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou pessoalmente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por uma redução nas taxas de juros durante um encontro realizado na Casa Branca — o primeiro entre os dois desde a posse de Trump para seu segundo mandato. 

      A informação foi confirmada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante uma coletiva realizada na quinta-feira (28). Segundo ela, Trump foi direto ao afirmar que Powell está cometendo “um erro” ao manter os juros inalterados. “Isso está nos colocando em desvantagem econômica frente à China e outros países, e o presidente tem sido muito claro quanto a isso — publicamente e, agora posso revelar, também em conversas privadas”, declarou Leavitt.

      Clima tenso e cobrança direta

      Apesar do tom crítico, a secretária negou que Trump tenha discutido a possibilidade de destituir Powell do cargo. O atual mandato do chefe do banco central norte-americano vai até maio de 2026. O encontro também contou com a presença de outras figuras-chave do governo, como o vice-presidente JD Vance, o secretário do Tesouro Scott Bessent, o secretário de Comércio Howard Lutnick e o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett.

      Em nota divulgada no mesmo dia, o Fed confirmou a reunião, afirmando que ela foi realizada a convite do presidente e teve como pauta temas como crescimento, emprego e inflação. Ainda segundo o comunicado, Powell não apresentou projeções ou planos sobre política monetária, mas reforçou que qualquer decisão dependerá da evolução dos dados econômicos. “As decisões serão baseadas única e exclusivamente em análises cuidadosas, objetivas e isentas de motivação política”, pontuou o banco central.

      Karoline Leavitt endossou a versão divulgada pela instituição, sem contestar nenhuma parte da nota.

      Atrito contínuo com o banco central

      A pressão pública de Trump sobre Powell é parte de uma disputa que se arrasta desde seu primeiro mandato. O presidente frequentemente critica o Fed por, segundo ele, agir de forma lenta diante das mudanças no cenário econômico. Em uma postagem feita em abril, ele chegou a reacender rumores sobre a intenção de demitir Powell — possibilidade depois descartada por ele mesmo e juridicamente inviabilizada por uma decisão da Suprema Corte neste mês. A Corte determinou que o presidente não pode destituir presidentes de agências independentes, como o Federal Reserve, reforçando a proteção institucional do banco.

      Os juros estão congelados ao longo de 2025, e a justificativa oficial do Fed para essa postura é a instabilidade provocada pelas medidas protecionistas de Trump, como a intensificação do uso de tarifas comerciais. A expectativa da instituição é de que essas tarifas prejudiquem o crescimento e pressionem a inflação, razão pela qual adota uma postura mais cautelosa.

      Apesar disso, Trump mantém suas críticas. Já chamou Powell de “um grande perdedor” e insiste que a resistência do Fed em cortar juros mina a competitividade dos EUA. Na visão do presidente, o banco central tem falhado em oferecer o e necessário para enfrentar as pressões externas, especialmente em relação à China.

      Posição do Fed

      Jerome Powell, por sua vez, tem insistido na defesa da independência do Fed. Após o encontro com Trump, reforçou novamente que a função da instituição é “estabelecer a política monetária, conforme exige a lei, para apoiar o máximo de empregos e a estabilidade de preços”, sempre com base em critérios técnicos e “sem interferência política”.

      A postura do Fed contrasta com a tentativa reiterada do governo Trump de interferir em uma das instituições mais sensíveis da economia dos Estados Unidos. A tensão entre Executivo e banco central, que já vinha se acentuando, ganha novos contornos em meio às incertezas globais e à disputa de poder entre as potências econômicas.

      (Com informações da agência Bloomberg)

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