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      Em meio ao fracasso do tarifaço, Trump diz que "todo mundo" quer acordo com os EUA, mas esconde detalhes

      Presidente dos EUA fala em negociações em andamento com diversos países, mas não cita nomes ou termos das supostas propostas

      Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Um dia após recuar na imposição global de tarifas comerciais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar que seu governo estaria sendo procurado por diversas nações interessadas em evitar prejuízos econômicos. No entanto, tanto ele quanto o secretário de Comércio, Howard Lutnick, omitiram detalhes sobre quem seriam esses interlocutores ou quais os termos das supostas propostas, relata o The New York Times em matéria repercutida pelo jornal O Globo.

      Durante uma reunião de gabinete, Trump declarou: “todo mundo quer vir e fazer um acordo, e estamos trabalhando com muitos países diferentes, e tudo vai dar muito certo”. Segundo ele, sua istração estaria em “boa situação” e os entendimentos “vão funcionar muito, muito bem”.

      Lutnick reforçou a versão do presidente, destacando que “temos tantos países para conversar”. Segundo o secretário, “eles vieram com propostas que jamais, jamais, jamais teriam feito se não fossem as medidas que o presidente tomou exigindo que tratassem os Estados Unidos com respeito”.

      Faltam detalhes e sobram dúvidas - Apesar das declarações otimistas, Trump e seus auxiliares continuam evitando citar quais líderes estrangeiros buscaram negociar e que tipo de concessões estão em jogo. A abordagem genérica e a ausência de metas claras têm gerado desconfiança entre analistas e investidores.

      Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, chegou a dizer que havia falado com o presidente da Suíça sobre um possível acordo. Já o secretário do Tesouro, Scott Bessent, mencionou conversas com representantes do Vietnã e um “bom papo” com o embaixador japonês durante uma recepção social. Segundo Bessent, Japão, Coreia do Sul e Índia estariam entre os países prioritários para a celebração de novos entendimentos comerciais.

      “Durante suas conversas, o secretário Bessent enfatizou a importância do engajamento contínuo com os parceiros comerciais e da necessidade de progresso rápido e demonstrável para resolver as questões pendentes”, afirmou o Tesouro em nota, sem apresentar compromissos específicos.

      Medidas sob escrutínio e impacto econômico - Enquanto isso, os mercados seguem voláteis. O índice S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas de capital aberto dos EUA, caiu 3,5% na quinta-feira, refletindo a apreensão com os rumos da política comercial da Casa Branca.

      Mesmo com a trégua de 90 dias anunciada por Trump, tarifas elevadas continuam em vigor, especialmente contra a China. Importações do país asiático agora enfrentam alíquotas mínimas de 145%, o que afeta diretamente produtos consumidos pela população norte-americana.

      A promessa de acordos rápidos também esbarra na realidade dos trâmites legais. Tratados comerciais amplos exigem anos de negociação e aprovação do Congresso. Segundo associações empresariais de Washington, não há indícios de que qualquer acordo esteja perto de ser formalizado.

      Foco em acordos parciais - Nos bastidores, o governo norte-americano parece apostar em acordos bilaterais e setoriais, que podem ser fechados com mais agilidade, mas têm impacto limitado sobre o déficit comercial — alvo constante das críticas de Trump.

      Na terça-feira, o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, reuniu-se com autoridades da Europa, Coreia do Sul, Equador e México. Ele também informou que representantes do Vietnã se ofereceram para reduzir tarifas sobre produtos como maçãs, cerejas e etanol.

      Ainda assim, as informações permanecem fragmentadas e imprecisas. O histórico do presidente norte-americano com acordos limitados — como o “miniacordo” firmado com o Japão em seu primeiro mandato — indica que a estratégia pode se repetir.

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