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      Ditadura Trump: mais de 40 estudantes são presos por lutar contra o genocídio em Gaza

      Repressão violenta na Universidade Columbia, em Nova York, evidencia escalada autoritária do governo dos Estados Unidos contra manifestações pró-Palestina

      Estudantes são presos nos EUA por lutar contra o genocídio em Gaza (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Mais de 40 estudantes foram presos na Universidade Columbia, em Nova York, na quarta-feira, 7 de maio de 2025, após ocuparem pacificamente a principal biblioteca do campus em protesto contra o genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza. A ação da polícia, convocada pela própria istração da universidade, foi uma das mais agressivas desde o início das manifestações estudantis pró-Palestina no país. As informações são da agência Reuters.

      Os manifestantes, com os braços imobilizados por lacres plásticos, foram levados em ônibus e vans da polícia após se recusarem a abandonar a sala de leitura Lawrence A. Wein, no segundo andar da Butler Library. Nas redes sociais, vídeos mostraram jovens mascarados erguendo faixas com mensagens como “Strike For Gaza” e “Liberated Zone”, enquanto tocavam tambores e ocupavam mesas do local.

      Conflito no campus e repressão policial

      A ação policial foi precedida por um cerco dos seguranças da universidade, que trancaram as portas da biblioteca para impedir a entrada de mais manifestantes. Houve empurra-empurra, e ao menos um estudante ficou ferido. Outro foi retirado em uma maca. Segundo nota da própria Columbia, dois agentes de segurança institucional também se feriram durante a operação.

      O Departamento de Polícia de Nova York confirmou as detenções, sem divulgar o número exato de presos. A governadora do estado, Kathy Hochul, publicou mensagem em redes sociais defendendo o direito ao protesto pacífico, mas condenando qualquer dano à propriedade — declaração que foi vista como conivente com a repressão.

      Trump ataca liberdade de expressão e tenta silenciar dissidentes

      O episódio ocorre em meio ao endurecimento do governo do presidente Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em janeiro e tem sido um dos principais alvos das críticas dos movimentos estudantis. Em março, a istração Trump anunciou o corte de centenas de milhões de dólares em subsídios à Universidade Columbia, em represália ao que chama de “ambiente antissemita” nos campi universitários.

      Trump também vem promovendo a deportação de estudantes internacionais pró-Palestina, como o palestino Mahmoud Khalil, estudante de pós-graduação em Columbia, que está preso em um centro de detenção migratória na Louisiana.

      Organizadores das manifestações, inclusive estudantes judeus, vêm denunciando o presidente por confundir deliberadamente o antissionismo com o antissemitismo, numa tentativa de silenciar críticas legítimas à política israelense e de criminalizar a solidariedade à causa palestina.

      Universidade cede à pressão federal

      A direção da Universidade Columbia justificou a ação policial alegando invasão de propriedade, mas enfrenta duras críticas por colaborar com a repressão e enfraquecer a autonomia universitária. Organizações civis e estudantis apontam que a instituição está cedendo à pressão do governo federal, colocando em risco valores fundamentais da vida acadêmica.

      O coletivo Columbia University Apartheid Divest, que reúne diversos grupos estudantis, reiterou nas redes sociais a demanda para que a universidade deixe de investir seu fundo patrimonial de US$ 14,8 bilhões em empresas armamentistas que colaboram com a ocupação israelense dos territórios palestinos.

      Movimento nacional contra o genocídio em Gaza

      A repressão em Columbia faz parte de um movimento maior que se espalha pelos campi dos Estados Unidos. Na Universidade de Washington, 34 estudantes foram presos no início da semana após ocuparem um prédio em protesto contra contratos com a Boeing, fornecedora de armas ao exército israelense. Ao menos 21 estudantes foram suspensos e banidos dos campi universitários.

      O movimento estudantil norte-americano tem sido um dos principais focos de resistência ao apoio incondicional dos Estados Unidos ao governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu e ao massacre contínuo do povo palestino em Gaza, iniciado em 2023.

      O endurecimento da repressão, simbolizado pelas prisões em Columbia, é mais um reflexo da escalada autoritária do governo Trump, que busca silenciar vozes críticas e restringir o direito à manifestação pacífica — mesmo dentro das universidades, tradicionalmente espaços de liberdade e debate.

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