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      Direita vence eleições parlamentares em Portugal e descarta aliança com extrema-direita

      Formação do novo governo vai depender de entendimentos com partidos menores de centro

      Luís Montenegro, líder da AD (Foto: REUTERS/Violeta Santos Moura)

      247 - A coligação de direita Aliança Democrática (AD), encabeçada pelo atual primeiro-ministro Luís Montenegro, saiu vitoriosa nas eleições legislativas realizadas em Portugal neste domingo (19).

      A AD, formada pelos partidos PSD, CDS-PP e PPM, conquistou 32,72% dos votos, garantindo 89 cadeiras no Parlamento. O Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, obteve 23,38% e ficou com 58 cadeiras — uma perda considerável em relação ao último pleito. O Chega, por sua vez, também elegeu 58 deputados, com 22,56% dos votos, tornando-se uma força relevante, embora politicamente isolada.

      A vitória da coligação AD confirma as tendências apontadas pelas últimas pesquisas, que já indicavam o crescimento da direita e da extrema-direita no país. A abstenção, ainda que elevada, foi menor do que em 2024: caiu de 40,16% para 35,67%. Votos brancos e nulos também diminuíram, somando 1,44% e 0,99%, respectivamente.

      A  Agência Lusa destacou que o líder da AD, Luís Montenegro, reafirmou que não há qualquer possibilidade de acordo com o Chega, partido da extrema-direita. Montenegro declarou que “não há outra solução de governo além da coligação Aliança Democrática”. Questionado sobre a possibilidade de incluir o Chega em uma eventual composição, foi taxativo: "Mantemos nossa posição. Não haverá entendimento com o Chega." A fala do líder do PSD reflete uma tentativa de preservar a identidade da coligação e evitar desgastes junto ao eleitorado centrista.

      A recusa de Montenegro em se aliar ao Chega torna o cenário político mais desafiador. Embora a AD tenha obtido o maior número de cadeiras, ainda está distante da maioria absoluta, que exige pelo menos 116 assentos. Assim, o novo governo dependerá de negociações pontuais com outras siglas, como a Iniciativa Liberal (5,53% e 9 cadeiras), o LIVRE (4,2% e 6) e, eventualmente, o PAN (1,36% e 1), partidos considerados de centro no espectro político português. A estabilidade do futuro governo dependerá, em grande parte, da capacidade de diálogo e articulação do primeiro-ministro.

      O avanço do Chega, mesmo sem garantir poder de governo, representa uma guinada expressiva na política portuguesa. O partido, com seu discurso anti-imigração e de confronto com as instituições democráticas, consolidou-se como força parlamentar relevante. 

      Na esquerda, a fragmentação e a derrota foram visíveis. O PS caiu de 78 para 58 cadeiras. A CDU (P-PEV), que representa os comunistas e os verdes, ficou com apenas 3 deputados (3,03%), enquanto o Bloco de Esquerda, que já teve forte representação, conquistou apenas 2% dos votos e agora terá apenas um parlamentar. O resultado acende alertas sobre a perda de influência das forças progressistas. 

      O resultado reflete também uma tendência mais ampla na Europa, onde partidos de direita têm avançado em meio a crises econômicas e sociais.

      O panorama parlamentar completo ficou assim distribuído:

      Aliança Democrática (AD): 32,72% / 89 deputados 

      Partido Socialista (PS): 23,38% / 58

      Chega: 22,56% / 58

      Iniciativa Liberal: 5,53% / 9

      LIVRE: 4,2% / 6

      CDU (P e Os Verdes): 3,03% / 3

      Bloco de Esquerda (BE): 2,0% / 1

      PAN: 1,36% / 1

      ADN: 1,32% / 0

      PPD / PSD.CDS-PP.PPM: 0,62% / 3

      JPP: 0,34% / 1

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