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      Partidos de Portugal encerram campanha eleitoral; governo estável é improvável

      Eleições gerais ocorrem no domingo

      Comício do Partido Socialista, em Lisboa, Portugal - 13/05/2025 (Foto: REUTERS/Pedro Nunes)
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      Por Sergio Goncalves e Catarina Demony

      LISBOA (Reuters) - Os partidos políticos portugueses encerraram suas campanhas nas ruas de Lisboa nesta sexta-feira, antes das eleições gerais de domingo -- a terceira votação antecipada do país em três anos -- que, segundo as pesquisas, provavelmente não resultará em um governo estável.

      Os apoiadores dos três principais partidos se reuniram na Baixa Chiado -- um dos bairros mais emblemáticos da capital -- para comícios separados.

      O líder do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, fez uma aparição surpresa no evento final de seu partido, depois de ter dito anteriormente que não compareceria.

      O homem de 42 anos foi levado às pressas para o hospital na quinta-feira -- o segundo incidente desse tipo nesta semana -- mas já recebeu alta. O partido disse que ele havia sofrido um espasmo no esôfago.

      Às vezes com dificuldades para falar no comício, Ventura agradeceu aos profissionais de saúde e disse que sua própria saúde não se comparava aos problemas que o país enfrenta. Alguns apoiadores gritaram "vá para casa e descanse".

      A disputa de domingo -- três anos antes do previsto -- foi convocada depois que o primeiro-ministro Luís Montenegro não conseguiu ganhar a confiança do Parlamento em março, em uma votação que ele mesmo propôs, após a oposição questionar sua integridade em relação aos negócios da consultoria de proteção de dados de sua família.

      Montenegro nega qualquer irregularidade.

      A última pesquisa de opinião pré-eleitoral realizada pela Universidade Católica de Lisboa, divulgada pela emissora RTP na noite de quinta-feira, mostrou pouca mudança em relação às pesquisas anteriores.

      A previsão é de que a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, obtenha o maior número de votos, mas não a maioria parlamentar. Esse seria um resultado semelhante ao da votação anterior, em março de 2024, embora com um leve impulso para a AD.

      "NADA GARANTIDO"

      "Tenho um grande receio de que as coisas não sejam aprovadas no Parlamento (se a AD não obtiver maioria)", disse Maria Alice Nazareth, de 75 anos, apoiadora de longa data do PSD, o principal partido da coalizão AD.

      A pesquisa colocou a AD com 34%, acima dos 32% da mesma pesquisa de uma semana atrás e acima dos quase 29% obtidos na eleição do ano ado, que levou a um governo minoritário liderado pela AD.

      "Todos os indicadores apontam que estamos no caminho certo, mas nada é garantido", disse Montenegro, cercado por apoiadores animados que agitavam bandeiras e gritavam slogans políticos no último comício de campanha da AD nesta sexta-feira.

      O apoio ao seu rival, o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, caiu de 28% para 26%.

      No comício do PS, onde alguns simpatizantes carregavam grandes balões vermelhos -- a cor do partido -- o líder Pedro Nuno Santos incentivou as pessoas a votarem no domingo, dizendo que seu partido traria estabilidade ao país.

      A jovem apoiadora do PS Mariana Felix, 20 anos, disse que estava frustrada por ter que ir às urnas com tanta frequência.

      "Espero que no próximo ano não tenha que votar novamente e que tenhamos um governo firme, que acho que é o que Portugal precisa no momento", disse ela.

      De acordo com a pesquisa de quinta-feira, o partido de extrema-direita e anti-imigração Chega, com o qual Montenegro se recusa a fazer um acordo, está em terceiro lugar nas pesquisas, com 19%, pouco mudando em relação ao resultado do ano ado.

      O partido Iniciativa Liberal, com o qual o AD compartilha pontos de vista semelhantes em algumas questões econômicas, estava com 7% das pesquisas, um pouco melhor do que há um ano, mas não o suficiente para que uma possível aliança entre os dois alcance a maioria total.

      (Reportagem de Sergio Goncalves, Catarina Demony, Miguel Pereira, Elena Rodriguez e Leonardo Benassatto)

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