Denunciado por genocídio, Netanyahu rejeita proposta do Hamas para cessar-fogo e diz estar "comprometido" em derrotar o grupo

247 - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado (31) que a contraproposta do Hamas a um acordo de 60 dias de cessar-fogo é "inaceitável". Condenado na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio, o premiê israelense afirmou que os extremistas fizeram a situação "retroceder" e que está "comprometido" em derrotar o grupo islâmico.

De acordo com a proposta feita pelo Hamas, tropas israelenses libertariam prisioneiros palestinos e retirariam tropas de Gaza. Em troca, 10 reféns israelenses vivos e 18 corpos seriam devolvidos a Israel.

Na última sexta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou acreditar que um acordo de cessar-fogo estava próximo. Mas o genocídio continua e existe uma entrada limitada de ajuda humanitária, reconheceu a ONU.

De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, mais de 50 mil palestinos morreram desde outubro de 2023. Autoridades jurídicas da África do Sul denunciaram Israel na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio, mas a medida não conteve as ofensivas das tropas israelenses.

O governo norte-americano é aliado histórico de Israel. Em maio de 2024, 12 senadores republicanos sionistas dos EUA ameaçaram o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, com consequências "graves" para ele, sua família e funcionários se caso ele prosseguisse com um mandado de prisão para Netanyahu. Em novembro do mesmo ano, o TPI emitiu o mandato.

O primeiro-ministro continua solto e ampliou suas ofensivas no Oriente Médio. Países como Líbano, Cisjordânia e o Irã também estão envolvidos num conflito que parece não ter fim, mas terá ao menos uma “solução parcial” com a prisão de Netanyahu, para o bem dos direitos humanos na política internacional.