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      Corpo de jovem brasileiro morto em prisão israelense segue retido há mais de um mês

      O governo israelense não deu explicações oficiais; Família faz apelo para que o presidente Lula atue no caso

      Walid Khaled Abdullah Ahmed (Foto: Reprodução/Redes sociais)
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      247 - Mais de um mês após a morte do jovem brasileiro-palestino Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, em uma prisão israelense, o corpo do adolescente ainda não foi devolvido à família, informa o g1. Segundo a família, o governo de Israel não forneceu qualquer justificativa oficial para a retenção do corpo, mesmo diante de insistentes pedidos diplomáticos por parte do Brasil.

      Walid morreu em 22 de março de 2025 na prisão de Megido. De acordo com uma autópsia obtida por advogados da família, ele sofreu de fome, desidratação e complicações infecciosas, agravadas por “desnutrição prolongada e privação de intervenção médica”. O laudo, no entanto, não foi fornecido pelo governo de Israel, que mantém silêncio sobre o caso. O documento foi ado apenas por meio de médicos do presídio.

      Fontes do governo brasileiro familiarizadas com as tratativas afirmam que a retenção de corpos por Israel é uma prática anterior à atual guerra na Faixa de Gaza e que pode estar relacionada a estratégias de negociação. Ainda assim, nenhuma explicação oficial foi apresentada no caso de Walid.

      Em entrevista à GloboNews, o pai do adolescente, Khaled Ahmad, descreve o sofrimento da família. “Até agora, Israel não nos forneceu nenhuma justificativa para não liberar. E também não respondeu ao nosso pedido de restituição do corpo”, afirma.Ele fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que atue diretamente no caso: “Gostaria de fazer um apelo ao presidente do Brasil para que nos ajude a conseguir a liberação do corpo do nosso filho, para que possamos sepultá-lo de acordo com os ritos islâmicos. Acredito que ele possa nos ajudar, pois é um grande presidente de um grande país”, declarou.

      Walid foi preso em 30 de setembro de 2024, na cidade de Silwad, na Cisjordânia, acusado de agredir soldados israelenses com pedras. Nunca chegou a ser julgado. Segundo o pai, o jovem não apresentava problemas de saúde antes da detenção. Cursava o ensino médio em uma escola particular e tinha planos de estudar Ciências Financeiras e Bancárias na Universidade de Birzeit.

      “Era um jogador de futebol talentoso”, contou Khaled, que responsabiliza as condições da prisão pela morte do filho: “No entanto, esses sonhos foram destruídos após sua morte na prisão israelense em consequência de tortura, doenças, negligência médica, fome e falta de higiene dentro dessas prisões”.

      A Federação Árabe-Palestina do Brasil afirmou que a prisão de Megido, onde Walid estava detido, tem histórico de uso de tortura, choques elétricos, espancamentos e privação de comida.

      No mês ado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil cobrou explicações de Israel. “Em linha com suas obrigações internacionais, o governo israelense deve conduzir investigação célere e independente acerca das causas do falecimento, bem como dar publicidade às suas conclusões”, disse a pasta em nota.

      A pasta acrescentou:  “O governo brasileiro solidariza-se com os familiares e amigos do nacional e transmite sinceras condolências, ao tempo em que continuará a exigir do governo de Israel as explicações necessárias acerca da morte do menor”.

      Durante viagem ao Japão, em março, o presidente Lula mencionou o caso ao comentar a escalada da violência no Oriente Médio. “Nós estamos vendo com muita seriedade o fim do cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde muitas pessoas já foram mortas. E essa semana nós tivemos a tristeza de ver [a morte de] um brasileiro que foi preso na prisão em Israel”, disse.

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