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      "China não será derrotada pelas tarifas de Trump", diz Pepe Escobar

      Em Xangai, analista geopolítico destaca reação coordenada da superpotência asiática à ofensiva econômica dos Estados Unidos

      Pepe Escobar, Lula e Xi Jinping (Foto: Ricardo Stuckert / Felipe Gonçalves)
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      247 – Durante uma viagem por Xangai, o jornalista e analista geopolítico Pepe Escobar afirmou que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu segundo mandato, são “um ataque frontal à China” e uma “péssima ideia”. As declarações foram feitas em seu canal no YouTube, no episódio “Especial Xangai” do Pepe Café, publicado após uma intensa semana de visitas, encontros e debates com acadêmicos, jornalistas e empresários chineses.

      “O ataque frontal de Trump 2.0 contra a China é péssima ideia”, afirmou Escobar logo na abertura do vídeo, gravado do 78º andar da Torre Jinmao, um dos marcos do distrito financeiro de Pudong. Segundo o analista, os chineses não estão apenas preparados para a guerra tarifária, como também já começaram a diversificar suas parcerias comerciais. “Eles vão vender diretamente para o Ocidente o que produzem aqui. E já estão atentos ao Sul Global, aos países da ASEAN e à América Latina”, disse.

      Ao longo do vídeo, Escobar descreve o contraste entre a Xangai de hoje — cosmopolita, tecnológica e integrada ao mercado global — e a cidade que conheceu em 1999, ainda marcada por canteiros de obras e em estágio inicial de desenvolvimento. “Voltar aqui é como uma viagem no tempo. Em 1999, havia apenas a Torre Pérola Oriental. Hoje, Xangai é uma vitrine do Made in China 2025”, declarou, referindo-se à política industrial lançada antes mesmo do primeiro mandato de Trump e que já posiciona a China como líder em sete dos dez setores tecnológicos estratégicos do planeta.

      Para o jornalista, o objetivo real da guerra comercial é provocar instabilidade interna na China. “Foi uma tática diversionista, com tarifas sobre tudo, até pinguins do Pacífico. O objetivo é provocar uma queda de regime. Mas o blowback tem sido brutal”, analisa. Ele observa que há uma consciência generalizada entre os chineses — de acadêmicos a empresários — sobre a necessidade de uma resposta nacional. “O conceito de ‘frente unida’, inspirado na era maoísta, está sendo resgatado e adotado com força pelas novas gerações.”O vídeo também destaca a potência da mídia chinesa e o crescimento de plataformas como o Guancha, descrito por Escobar como “o mais importante veículo de mídia não oficial da China”. Segundo ele, seus canais alcançam mais de 200 milhões de chineses: “Não há nada comparável no Ocidente”, afirmou.

      Por fim, Escobar relembrou sua trajetória como correspondente internacional e destacou a importância simbólica de retornar à China neste momento decisivo. “É uma das semanas profissionais mais importantes dos meus 40 anos como nômade. A China de 2025 é uma superpotência comercial, tecnológica e, sobretudo, civilizacional. E não será derrotada por tarifas.” Assista:

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