China e EUA avançam no diálogo econômico com “consenso importante” e novo canal de consultas
Vice-primeiro-ministro da China destaca conversas “francas e construtivas” com EUA e afirma que relações bilaterais seguem caminho de benefícios mútuos
247 - Em declarações feitas após uma nova rodada de negociações com representantes dos Estados Unidos, o vice-primeiro-ministro chinês afirmou neste domingo (11) que os dois países realizaram “progressos substanciais” e chegaram a um “consenso importante” no campo econômico e comercial. A informação foi divulgada pela agência noticiosa chinesa Xinhua, que acompanhou de perto os encontros entre as autoridades dos dois países.
O dirigente chinês classificou as conversas como “francas, profundas e construtivas” e indicou que Pequim e Washington concordaram em estabelecer um novo mecanismo de consulta econômica e comercial, além de dar continuidade às tratativas sobre “questões de interesse mútuo”. Ele também destacou que China e Estados Unidos “deram os importantes para resolver diferenças por meio de diálogo e consulta igualitários”.
“A China está pronta para trabalhar com os Estados Unidos para gerenciar as diferenças, ampliar a lista de cooperação e aumentar o bolo da cooperação”, declarou o vice-premiê, reforçando o apelo por uma relação de respeito mútuo, centrada na reciprocidade e no equilíbrio dos interesses.
Segundo ele, os laços econômicos e comerciais entre as duas maiores economias do mundo “são mutuamente benéficos e de natureza vantajosa para todos”. A retomada do diálogo em alto nível é vista como sinal de distensão após um período de tensões marcadas por tarifas, sanções e desacordos estratégicos, sobretudo em temas como semicondutores, segurança cibernética e investimentos em setores considerados sensíveis.
As novas consultas se inserem em um esforço mais amplo de estabilização das relações bilaterais. A sinalização de que os dois países caminham para mecanismos institucionais mais duradouros de diálogo pode representar um alívio para mercados financeiros e cadeias de produção mundiais.
O vice-primeiro-ministro reiterou que, apesar das divergências, a China vê espaço concreto para cooperação. “O diálogo é sempre melhor do que o confronto”, disse, indicando que o objetivo de Pequim é “aumentar os pontos de convergência e reduzir os pontos de fricção”.
A retomada das consultas é um indicativo de que ambos os lados compreendem a importância estratégica de manter uma relação funcional. “É fundamental que as potências saibam coexistir e encontrar formas de convivência pacífica no cenário global”, avalia um pesquisador do Instituto de Relações Internacionais da China.
A criação do novo mecanismo de diálogo econômico é, segundo a Xinhua, um o prático para institucionalizar a comunicação e evitar ruídos que possam levar a mal-entendidos ou escaladas desnecessárias. O processo deve ser seguido por novas rodadas técnicas, com possíveis reuniões entre os líderes das áreas comerciais e financeiras nos próximos meses.
O compromisso de manter a cooperação e de aprofundar os canais de entendimento marca uma inflexão relevante na relação sino-americana e pode ser um ponto de inflexão para a estabilidade econômica internacional.
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