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      China cobra compromisso histórico do Japão: “Esperamos ações que confirmem as palavras”

      Porta-voz chinês valoriza discurso pacifista do premiê Ishiba, mas diz que confiança depende de atitudes que rejeitem o ado militarista

      Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em fala em Pequim. 04/06/2025 (Foto: Divulgação/MRE da China)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A China reagiu com cautela às recentes declarações do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, sobre o compromisso de seu país com o caminho pacífico adotado após a Segunda Guerra Mundial. 

      Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (29), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, afirmou que Pequim "dá importância" às palavras do premiê, mas reforçou que será preciso ir além do discurso. As informações são do jornal Global Times.

      Segundo Lin, o governo chinês valorizou o que classificou como uma reafirmação feita por Ishiba em novembro de 2024, durante encontro com o presidente Xi Jinping em Lima, de que o Japão "tem seguido um caminho de desenvolvimento pacífico com espírito de encarar a história de frente e olhar para o futuro".

      Na mais recente manifestação, feita no Fórum Nikkei "Futuro da Ásia", Ishiba declarou: “Devemos buscar ativamente aprender com essas memórias dolorosas de sofrimento e com as lições da história. Nosso compromisso de não repetir os horrores da guerra permanece inalterado”.

      Em resposta, Lin afirmou: “O primeiro-ministro Ishiba anunciou que o Japão deve refletir sobre sua história e lembrar as lições, para não repetir os erros de guerra. Atribuímos importância a essas palavras”. No entanto, ele alertou que apenas declarações não bastam: “Uma percepção correta da história e ações concretas que demonstrem reflexão e pedido de desculpas são pré-requisitos importantes para que o Japão seja aceito plenamente pela comunidade internacional após a guerra”.

      O porta-voz destacou que a postura histórica do Japão afeta diretamente sua imagem no cenário global e influencia suas relações com vizinhos asiáticos. Ele lembrou ainda que 2025 marca os 80 anos da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, parte da luta global contra o fascismo. “A história lança luz sobre o presente com lições contundentes”, declarou.

      Lin ressaltou que os quatro documentos políticos assinados entre China e Japão estabelecem como fundamento político o princípio de "aprender com o ado e olhar para o futuro". Em sua avaliação, cabe ao governo japonês "refletir profundamente sobre seus crimes históricos, aprender plenamente as lições e, com senso de responsabilidade histórica, romper de forma clara com qualquer tentativa de encobrir ou relativizar o ado militarista".

      A leitura de Pequim é de que a retórica de Ishiba representa um tom distinto em relação à retórica de setores nacionalistas no Japão. Para o pesquisador Da Zhigang, diretor do Instituto de Estudos do Nordeste Asiático da Academia de Ciências Sociais da província de Heilongjiang, a posição de Ishiba demonstra uma visão “relativamente objetiva da história”. Contudo, ele pondera: “Não devemos apenas ouvir suas palavras, mas também observar suas ações”.

      A exigência chinesa é clara: a reconciliação e o avanço nas relações sino-japonesas dependem, acima de tudo, da coerência entre o discurso de arrependimento e as práticas efetivas do governo japonês.

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