Cardeal italiano condenado diz que não participará do conclave para eleger novo papa
Becciu foi condenado a cinco anos e meio de prisão por tribunal do Vaticano em 2023. Ele nega irregularidades e está em liberdade enquanto aguarda recurso
REUTERS - Um cardeal italiano condenado por desvio de recursos e fraude afirmou nesta terça-feira que não participará do conclave secreto para eleger o novo papa.
O cardeal italiano Angelo Becciu, o mais alto representante da Igreja Católica já julgado por um tribunal criminal do Vaticano, disse em comunicado que não entrará no conclave.
Becciu foi condenado a cinco anos e meio de prisão por um tribunal do Vaticano em dezembro de 2023. Ele nega qualquer irregularidade e está em liberdade enquanto aguarda o recurso.
“Tendo em mente o bem da Igreja... decidi obedecer, como sempre fiz, à vontade do Papa Francisco e não entrar no conclave, mantendo-me ainda convencido da minha inocência”, declarou o cardeal.
Francisco, que faleceu em 21 de abril, havia demitido Becciu de um cargo de alto escalão no Vaticano em 2020 e o acusou de desvio de recursos.
O papa permitiu que Becciu mantivesse seu título e apartamento no Vaticano, mas retirou dele o que, na época, foi descrito como “os direitos associados ao cardinalato”.
A formulação do comunicado deixou dúvidas sobre se Becciu ainda poderia participar do conclave para eleger o sucessor de Francisco.
Os cardeais católicos de todo o mundo, que estão reunidos esta semana para discutir questões gerais da Igreja antes da votação do novo papa, já haviam discutido o que fazer sobre o caso Becciu.
O conclave está previsto para começar em 7 de maio.
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