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      Câmara de Comércio dos EUA pode acionar Justiça contra tarifas de importação de Trump

      Pressão empresarial cresce contra novas tarifas

      O presidente dos EUA, Donald Trump, faz comentários sobre tarifas no Rose Garden na Casa Branca em Washington, D.C., EUA, 2 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A mais poderosa entidade empresarial dos Estados Unidos, a Câmara de Comércio (US Chamber of Commerce), avalia mover uma ação judicial contra o governo do presidente Donald Trump, em reação ao novo pacote de tarifas de importação anunciado pela Casa Branca. A informação foi divulgada pela revista Fortune e reproduzida pela agência Sputnik International nesta segunda-feira (8).

      Segundo a reportagem, alguns dos maiores membros da organização defendem que a imposição das tarifas por meio de poderes de emergência presidenciais pode ser considerada ilegal. A possibilidade de ação judicial coletiva está em debate, com outras entidades empresariais sinalizando interesse em aderir ao processo.

      Ainda de acordo com a Fortune, o presidente do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (DOGE), Elon Musk, buscou pessoalmente convencer Trump a voltar atrás nas medidas. De acordo com o Washington Post, Musk dirigiu-se ao presidente após uma série de críticas públicas ao conselheiro de comércio Peter Navarro, um dos principais defensores do plano tarifário. Apesar dos esforços, o presidente norte-americano não cedeu e, ao contrário, elevou o tom contra a China.

      Na segunda-feira, Trump ameaçou aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre importações chinesas caso Pequim mantenha suas medidas de retaliação. No domingo anterior, Musk se posicionou publicamente a favor da criação de uma área de livre comércio com a União Europeia, mesmo diante das restrições impostas anteriormente por Trump ao bloco europeu.

      As tarifas foram oficializadas por meio de uma ordem executiva assinada por Trump em 2 de abril. A medida estabelece tarifas "recíprocas", com alíquotas mínimas de 10% para produtos em geral e de 20% especificamente para bens oriundos da União Europeia. Segundo o presidente, a nova política comercial poderá gerar uma arrecadação estimada entre US$ 6 trilhões e US$ 7 trilhões ao orçamento dos EUA, valor amplamente contestado por analistas.

      Trump descreveu a medida como uma “libertação” da indústria americana diante do que chama de práticas comerciais injustas por parte de seus parceiros. O governo sustenta que as tarifas são uma resposta proporcional ao tratamento desigual dado a produtos norte-americanos no exterior.

      A possível ofensiva judicial da Câmara de Comércio amplia o embate entre o governo Trump e setores empresariais tradicionalmente alinhados com o Partido Republicano. O caso também reforça a divisão interna dentro da própria elite econômica do país quanto aos rumos da política comercial dos Estados Unidos sob o segundo mandato de Trump, iniciado em janeiro de 2025.

      Nos bastidores, cresce o temor de que as novas tarifas provoquem instabilidade nas cadeias globais de suprimentos, pressionem os preços ao consumidor e agravem as tensões com aliados históricos, como os países europeus.

      A ação judicial, se confirmada, poderá colocar à prova os limites do uso de poderes emergenciais por parte da presidência em matéria de comércio exterior, abrindo um novo capítulo na disputa entre a Casa Branca e o setor corporativo.

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