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      Até republicanos se revoltam com plano de Trump de roubar terras palestinas

      "Pensei que o lema fosse América em primeiro lugar", diz Rand Paul

      Palestinos retornam ao Norte de Gaza (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs que o país "assuma o controle" da Faixa de Gaza, transformando a região devastada pela guerra em uma "Riviera do Oriente Médio" após a remoção da população palestina. A proposta, feita durante um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, gerou indignação internacional e expôs divisões até dentro do Partido Republicano. A informação foi publicada pela agência Reuters.

      Embora os republicanos tenham apoiado diversas iniciativas de Trump, incluindo cortes em ajuda externa e redução de funcionários federais, a ideia de ocupação da Faixa de Gaza encontrou resistência. "Pensei que votamos por 'América em primeiro lugar'", criticou o senador Rand Paul, em publicação na rede social X. "Não temos nada que considerar outra ocupação para desperdiçar nosso dinheiro e o sangue dos nossos soldados."

      Oposição também veio de democratas, que classificaram a proposta como inaceitável. "Isso é limpeza étnica com outro nome", afirmou o senador Chris Van Hollen em entrevista à MSNBC. O republicano Jerry Moran reforçou que a solução de dois Estados não pode simplesmente ser descartada. "Isso não é algo que possa ser decidido unilateralmente", disse. Já a senadora Lisa Murkowski evitou responder se os Estados Unidos deveriam enviar tropas para Gaza, mas demonstrou preocupação: "Nem quero especular sobre isso, porque acho uma ideia assustadora."

      Apesar das críticas, o presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, elogiou o plano como uma "ação ousada e decisiva para garantir a paz na região". Ele afirmou que discutirá a proposta com Netanyahu em um encontro no Capitólio. "As pessoas entendem a necessidade disso, e vamos apoiar Israel nesse objetivo. E vamos apoiar o presidente em sua iniciativa", disse Johnson em coletiva de imprensa.

      A proposta de Trump marca um afastamento do discurso que ele adotou durante sua campanha presidencial, quando prometeu evitar novas intervenções militares e encerrar as chamadas "guerras eternas". No entanto, uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada entre 20 e 21 de janeiro mostrou que apenas 15% dos eleitores republicanos apoiam o uso da força militar pelos EUA para expandir seu território.

      Apesar das críticas, o deputado Tim Burchett, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, demonstrou apoio à ideia, argumentando que a exploração econômica da região poderia ser benéfica. "Acredito que os americanos e o capitalismo têm uma oportunidade real de provocar mudanças no mundo, e isso seria um exemplo perfeito", disse à Reuters.

      Já o líder da maioria no Senado, John Thune, declarou que o objetivo deve ser a estabilidade da região, mas evitou um endosso direto à proposta de Trump. "Precisamos trazer paz, estabilidade e segurança para lá, mas cada ideia precisa ser analisada com muito cuidado", afirmou.

      A proposta de ocupação de Gaza por parte dos Estados Unidos, além de acirrar tensões internas no Partido Republicano, gerou forte reação internacional, sendo amplamente interpretada como uma tentativa de anexação de território e expulsão forçada da população palestina.

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