Ataques indianos no Paquistão matam 10 familiares e 4 assessores próximos do chefe do JeM Masood Azhar
Força Aérea da Índia atinge nove alvos de grupos terroristas em território paquistanês e na Caxemira ocupada pelo Paquistão
247 - Uma ofensiva militar da Índia realizada sob o nome de Operação Sindoor matou dez familiares e quatro assessores próximos de Maulana Masood Azhar, chefe do grupo terrorista Jaish-e-Mohammed (JeM). A informação foi confirmada pelo próprio Azhar, segundo reportagem publicada pela Hindustan Times nesta quarta-feira (7).
Entre os mortos estão a irmã mais velha de Azhar e o marido dela, além de um sobrinho e sua esposa. Também morreu uma sobrinha do líder jihadista. Os ataques, conduzidos pela Força Aérea Indiana, tiveram como alvos nove instalações ligadas a organizações terroristas, localizadas tanto no Paquistão quanto na Caxemira sob ocupação paquistanesa (PoK).
Declaração de Azhar indica possível escalada
Em resposta ao ataque, Azhar afirmou: “Este ato de crueldade ultraou todos os limites. Agora, ninguém deve esperar misericórdia”. A fala foi interpretada por analistas como um possível indicativo de retaliação por parte do JeM, organização banida por diversos países e associada a múltiplos atentados na região da Caxemira.
Alvos estratégicos e coordenação de ataques noturnos
Os bombardeios ocorreram durante a madrugada e atingiram com precisão centros considerados estratégicos pelas autoridades indianas. Entre os alvos estavam:
- Markaz Subhan Allah, em Bahawalpur (quartel-general do JeM)
- Sarjal, em Tehra Kalan
- Markaz Abbas, em Kotli
- Campo Syedna Bilal, em Muzaffarabad
- Markaz Taiba, em Murdike
- Markaz Ahle Hadith, em Barnala
- Campo Shwawai Nalla, em Muzaffarabad
- Makaz Raheel Shahid, em Kotli
- Mehmoona Joya, em Sialkot
Além do JeM, os bombardeios também atingiram estruturas de outros dois grupos considerados terroristas: Lashkar-e-Taiba e Hizbul Mujahideen.
Símbolo hindu e impacto emocional
O nome da operação, Sindoor, faz alusão ao pó vermelho tradicionalmente usado por mulheres hindus casadas. Segundo o governo indiano, a escolha foi simbólica e remete a uma imagem viralizada no dia 22 de abril: uma mulher sentada em choque ao lado do corpo do marido após um ataque em Pahalgam, Jammu e Caxemira, que matou 26 pessoas.
Contexto geopolítico e possível resposta internacional
A ofensiva deve intensificar ainda mais as já tensas relações entre Nova Délhi e Islamabad. Enquanto o governo da Índia afirma estar agindo em legítima defesa contra grupos que ameaçam sua população, o Paquistão ainda não divulgou uma resposta oficial ao ataque. Observadores internacionais apontam que o episódio pode acirrar o conflito na região da Caxemira e reacender alertas na comunidade internacional.
A operação também representa um novo capítulo na política de segurança da Índia sob o comando do primeiro-ministro Narendra Modi, que vem endurecendo sua postura frente a grupos extremistas desde seu retorno ao poder. A situação será acompanhada de perto por líderes internacionais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato em janeiro de 2025.
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