Após tentar isolar economicamente a China, Casa Branca diz que está indo muito bem em possível acordo comercial com o país
Ambos os países vivem uma guerra comercial após o "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão indo bem em suas discussões sobre um possível acordo comercial com a China, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, a repórteres nesta terça-feira.
"Perguntei ao presidente sobre isso antes de vir para cá, e ele quis que eu compartilhasse com todos vocês que estamos indo muito bem em relação a um possível acordo comercial com a China", disse ela em uma coletiva de imprensa.
A Casa Branca ainda afirmou que o governo dos EUA recebeu propostas de acordos comerciais de 18 países. Autoridades, incluindo o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, estão se reunindo esta semana com 34 países para discutir o comércio, segundo a Casa Branca.
China se opõe a acordos concluídos às suas custas
A China não aceita nenhum acordo de outros países que seja concluído às custas de seus interesses; se isso acontecer, Pequim tomará contramedidas equivalentes, disse o Ministério do Comércio da China, comentando os relatos sobre os planos dos EUA de isolar economicamente o país. A informação é da agência Sputnik.
Na semana ada, o Wall Street Journal informou que as autoridades dos Estados Unidos planejavam obter compromissos de parceiros comerciais para isolar economicamente a China em troca de tarifas mais baixas durante negociações com outros países.
"A China respeita o desejo de todas as partes de resolver diferenças comerciais e econômicas com os Estados Unidos por meio de consultas em igualdade de condições", disse o ministério.
O ministério ressaltou que, na visão da China, no tema das "tarifas recíprocas", todas as partes devem se posicionar ao lado da justiça, do lado certo da história, e proteger as regras do comércio internacional, da economia global e do sistema multilateral de comércio.
“Deve-se destacar especialmente que a China é firmemente contra quaisquer acordos que sejam concluídos às custas de seus interesses. Se isso acontecer, a China não aceitará e tomará resolutamente contramedidas equivalentes. A China tem a determinação e a capacidade de defender seus interesses”, afirma o comunicado.
No dia 2 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva introduzindo tarifas "recíprocas" sobre importações de outros países. A taxa básica é de 10%, e para 57 países, tarifas mais altas estão em vigor desde 9 de abril — calculadas com base no déficit comercial dos EUA com cada país, com o objetivo de equilibrar a balança comercial.
No entanto, em 9 de abril, o líder norte-americano anunciou que mais de 75 países não haviam tomado medidas retaliatórias e solicitaram negociações, então, por 90 dias, as tarifas básicas de importação de 10% se aplicariam a todos — exceto à China.
Após uma série de medidas na guerra comercial, a tarifa adicional “recíproca” dos EUA sobre produtos chineses chegou a 125%, e a tarifa de retaliação da China sobre produtos americanos também está em 125%. Além disso, os Estados Unidos impam uma tarifa extra de 20% sobre a China, relacionada a acusações de combate insuficiente às drogas sintéticas.
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