Apagão gigantesco na Europa pode ter sido causado por ciberataque
O Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal, no entanto, já emitiu um comunicado negando um ataque
247- Um apagão de grandes proporções paralisou partes significativas da Europa nesta segunda-feira (28), gerando caos em serviços essenciais e levantando questionamentos sobre suas causas. A possibilidade de um ciberataque como origem da pane elétrica ganhou destaque após declarações do ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida. Em entrevista à RTP, o ministro afirmou que a dimensão e a abrangência do incidente – que afetou Portugal, Espanha, França, Alemanha e possivelmente Marrocos – tornam a hipótese de um ataque cibernético "compatível" com o cenário observado.
"Sei que abrange vários países da Europa - Portugal, Espanha, França e Alemanha e creio que Marrocos. Em grande escala e pela dimensão que tem, é compatível com um ciberataque. Mas é uma informação não confirmada", declarou Castro Almeida, conforme reportado inicialmente. Apesar da ressalva sobre a confirmação, a declaração do ministro português colocou em alerta as autoridades e especialistas em segurança cibernética dos países afetados.
Posteriormente, o Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal divulgou uma nota informando não haver indícios de que a interrupção tenha sido causada por um ataque cibernético, relacionando o apagão a um fenômeno atmosférico raro conhecido como “vibração atmosférica induzida”.
De acordo com informações da Reuters, o apagão causou interrupções generalizadas no fornecimento de energia em diversas cidades da Espanha, Portugal, França, Polônia e Finlândia. A operadora da rede elétrica espanhola, Red Eléctrica, comunicou a ativação de planos de contingência e o emprego de "todos os recursos dedicados à solução" da interrupção, enquanto as causas ainda estão sob análise. Horas depois, a mesma operadora informou que o processo de recuperação da energia estava em andamento. A previsão inicial para o restabelecimento total do fornecimento, segundo a operadora, é de seis a dez horas.
As consequências do apagão foram sentidas em diversos setores. Semáforos deixaram de funcionar, gerando caos no trânsito em várias cidades. O setor de transporte também foi severamente impactado. De acordo com o serviço de monitoramento de tráfego aéreo Flightradar, aeroportos da Espanha e Portugal foram particularmente afetados, embora cancelamentos generalizados de voos não tenham sido registrados até o momento. "Ainda não estamos vendo cancelamentos generalizados, mas estamos monitorando a situação conforme ela se desenvolve", informou o serviço em seu site.
Em Madri, o Masters 1000 de tênis Madrid Open teve uma partida interrompida devido à falta de energia. A capital espanhola, assim como Sevilha, Granada, Málaga e Cádiz, foram algumas das cidades atingidas. A empresa de energia espanhola E-Redes classificou o evento como um "problema europeu mais amplo".
A empresa de ferrovia da Espanha, Renfe, suspendeu seus serviços por volta das 7h30, no horário de Brasília, devido à ausência de energia elétrica. A mídia portuguesa reportou graves interrupções nas operações de telecomunicações e transportes no país. Jornais locais noticiaram que aeroportos e os sistemas de metrô e trem de ambos os países foram afetados, e o El País destacou que nenhuma hipótese está descartada, incluindo a de um possível ataque cibernético.
Diante da crise, o Ministério da Saúde da Espanha comunicou, por meio de suas redes sociais, que estava em contato com as autoridades competentes para "avaliar o escopo do apagão generalizado". A pasta tranquilizou a população, afirmando que "os hospitais têm sistemas suplementares" de energia em funcionamento para garantir o atendimento à população. As investigações prosseguem em múltiplos níveis para determinar a causa exata do apagão e restabelecer a normalidade nos países afetados.
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