Anistia Internacional: Israel comete genocídio "transmitido ao vivo" em Gaza
“Os Estados assistiram como se estivessem impotentes", criticou a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard
247 - A ONG de direitos humanos Anistia Internacional concluiu em relatório, divulgado pela AFP nesta terça-feira (29), que Israel comete um “genocídio transmitido ao vivo”, ao massacrar e deslocar à força a população da Faixa de Gaza, provocando deliberadamente uma catástrofe humanitária.
Em seu relatório anual, a Anistia declarou que Israel age com “intenção específica de destruir os palestinos em Gaza, cometendo assim genocídio”.
A Anistia Internacional afirmou ter “documentado múltiplos crimes de guerra por parte de Israel”, incluindo ataques contra civis, e apontou que o governo israelense provoca "deliberadamente uma catástrofe humanitária sem precedentes”.
A organização, com sede em Londres, Reino Unido, informou que cerca de 1,9 milhão de pessoas — aproximadamente 90% da população de Gaza — foram deslocadas à força.
A Anistia Internacional também condenou os ataques de 7 de outubro de 2023 do movimento palestino Hamas contra Israel. “Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas cometeu crimes horrendos contra cidadãos israelenses e capturou mais de 250 reféns, o mundo tem assistido a um genocídio transmitido ao vivo”, disse a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, conforme a AFP.
“Os Estados assistiram como se estivessem impotentes, enquanto Israel matava milhares e milhares de palestinos, eliminando famílias inteiras, destruindo casas, meios de subsistência, hospitais e escolas".
Em 18 de março, Israel retomou os bombardeios contra a Faixa de Gaza, alegando que o Hamas se recusou a aceitar o plano dos Estados Unidos para prorrogar o cessar-fogo, que expirou em 1º de março.
Israel cortou o fornecimento de eletricidade para uma usina de dessalinização na Faixa de Gaza e bloqueou a entrada de caminhões com ajuda humanitária.
Mais de 52 mil pessoas foram mortas em ataques de Israel na Faixa de Gaza desde a escalada do conflito armado em outubro de 2023, informou a autoridade de saúde do enclave no último domingo (27).
Israel rejeitou o relatório da Anistia Internacional e acusou a ONG de espalhar propaganda do Hamas, segundo a AFP.
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