Anistia Internacional condena Israel por massacre em Rafah
Organização de direitos humanos exige investigação independente de mais uma grave violação do direito internacional e humanitário
247 - A Anistia Internacional condenou o recente ataque de forças israelenses contra civis palestinos próximos a um ponto de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, informa o portal Al Mayadeen, com base em informações divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza e por declarações oficiais da própria Anistia.
De acordo com a entidade internacional de direitos humanos, o episódio exige “uma investigação imediata e independente” para esclarecer as circunstâncias do ataque e garantir que os mandantes e executores sejam responsabilizados. O episódio aconteceu em Rafah, no sul de Gaza, onde dezenas de palestinos aguardavam ajuda humanitária perto de um local previamente designado pelos Estados Unidos e por Israel para distribuição de suprimentos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 24 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas quando soldados israelenses abriram fogo contra a multidão. Em comunicado, o movimento Hamas informou que o número total de mortos em ataques a centros de ajuda nos últimos oito dias chegou a 102, classificando a ação como “um dos massacres mais horríveis da memória recente”.
A Anistia Internacional ressaltou que o fornecimento de ajuda deve ocorrer por meios seguros e eficazes, que respeitem a dignidade da população civil e garantam a entrega de suprimentos essenciais sem colocar vidas em risco. “Obstruir a ajuda ou colocar civis em perigo é uma violação grave do direito internacional humanitário”, afirmou a organização.
No mesmo comunicado, a entidade reforçou que, como potência ocupante, Israel tem responsabilidade legal direta de assegurar que as necessidades básicas da população de Gaza sejam atendidas, conforme determina o direito internacional. “A recusa sistemática em permitir a entrada e a distribuição segura de ajuda constitui não apenas negligência, mas uma afronta às normas internacionais mais elementares”, alertou.
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