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      Amazon lança os primeiros satélites de internet Kuiper, competindo com a Starlink de Musk

      Constelação terá mais de 3 mil satélites e pretende levar internet a regiões remotas; missão enfrentou atrasos e busca cumprir meta da FCC até 2026

      Um foguete Atlas V da United Launch Alliance decola carregando os satélites da rede de internet do Projeto Kuiper da Amazon da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral em Cabo Canaveral, Flórida, EUA, 28 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Joe Skipper)
      Luis Mauro Filho avatar
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      Reuters - A Amazon lançou nesta segunda-feira (29) os primeiros 27 satélites da constelação Kuiper, sua ambiciosa iniciativa de internet via satélite. O lançamento ocorreu a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, com um foguete Atlas V da United Launch Alliance (parceria entre Boeing e Lockheed Martin).

       A missão marca o início da implementação de uma rede global de internet banda larga a partir do espaço, que buscará competir diretamente com a Starlink, operada pela SpaceX, do presidente dos Estados Unidos, Elon Musk.

      Os equipamentos enviados ao espaço são os primeiros de um total de 3.236 satélites previstos para compor a constelação do Projeto Kuiper. Anunciado em 2019, o projeto representa um investimento de US$ 10 bilhões e tem como público-alvo consumidores, empresas e governos – os mesmos que a Starlink vem atraindo há anos com sua infraestrutura já consolidada.

      Lançamento após adiamento

      O lançamento estava inicialmente agendado para 9 de abril, mas foi adiado devido às condições climáticas desfavoráveis. A decolagem aconteceu às 19h (horário da costa leste dos EUA), e marca um o fundamental para a Amazon, que havia previsto iniciar os envios em 2024, mas enfrentou atrasos de mais de um ano.

      Segundo a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), a empresa precisa colocar em órbita metade da constelação – ou seja, 1.618 satélites – até meados de 2026. Analistas indicam que, devido ao cronograma apertado, a Amazon poderá solicitar uma extensão de prazo.

      Aposta estratégica em regiões remotas

      A Amazon posiciona o Kuiper como uma solução especialmente vantajosa para áreas rurais ou de baixa cobertura, onde o o à internet é escasso ou inexistente. Embora chegue com certo atraso ao setor dominado pela SpaceX, a empresa aposta em sua ampla experiência no relacionamento com o consumidor e em sua infraestrutura de computação em nuvem como diferenciais frente à concorrência.

      A expectativa é que o centro de operações da empresa, localizado em Redmond, Washington, estabeleça contato com todos os satélites da missão nas próximas horas ou dias. Caso tudo ocorra como planejado, a Amazon prevê iniciar a oferta de serviços aos clientes ainda em 2025.

      Starlink em vantagem, mas com espaço para concorrência

      Enquanto a Amazon dá os primeiros os, a Starlink já realizou 250 lançamentos dedicados desde 2019 e colocou mais de 8 mil satélites em órbita. Com média de pelo menos uma missão por semana, o sistema acumula mais de 5 milhões de usuários em 125 países, além de ser utilizado por forças militares e agências de inteligência.

      Mesmo assim, Jeff Bezos, presidente do conselho executivo da Amazon, demonstrou otimismo. Em entrevista à Reuters em janeiro, declarou: “Existe uma demanda insaciável por internet. Há espaço para muitos vencedores nesse setor. Prevejo que a Starlink continuará a ter sucesso, e o Kuiper também será bem-sucedido”.

      Bezos acrescentou que, embora o foco principal do Kuiper seja comercial, a constelação em órbita baixa também terá aplicações de defesa.

      Equipamentos e contratos

      Em 2023, a Amazon apresentou seus terminais de conexão com os satélites, incluindo uma antena do tamanho de um disco de vinil e outra ainda menor, comparável ao Kindle. A empresa planeja fabricar dezenas de milhões desses dispositivos, cada um por menos de US$ 400.

      Para viabilizar o Kuiper, a Amazon assinou, em 2022, o maior contrato de lançamentos espaciais da história, com 83 foguetes encomendados da ULA, da sa Arianespace e da Blue Origin – empresa aeroespacial fundada pelo próprio Bezos. Segundo o CEO da ULA, Tory Bruno, até cinco missões adicionais do Kuiper podem ocorrer ainda este ano.

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