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      "Negar a crise climática não vai fazê-la desaparecer", diz Lula em cúpula virtual com líderes mundiais

      Lula ressaltou que o mundo está "farto de promessas não cumpridas" e que é preciso evitar o ponto de "não retorno" na mitigação dos efeitos climáticos

      Brasília (DF), 22/04/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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      247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário-geral da ONU, António Guterres, conduziram nesta quarta-feira (23) a Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, com foco nas metas para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP30, que ocorrerá em novembro, no Brasil. O evento contou com a participação de 17 líderes de Estado e governo de grandes economias, incluindo China, União Europeia e representantes de países vulneráveis às mudanças climáticas.

      “Negar a crise climática não vai fazê-la desaparecer. Precisamos assegurar que o multilateralismo e a cooperação internacional sigam como pedra angular da resposta global à mudança do clima. No Brasil, quando queremos mobilizar esforços em torno de um objetivo comum, utilizamos uma palavra de origem indígena chamada “mutirão”. Queremos fazer da COP30 um grande mutirão em prol da implementação dos compromissos climáticos”, afirmou Lula. 

      Em seu discurso, Lula também fez um chamado à necessidade de ação imediata de todos para que o planeta evite o ponto de “não retorno” na mitigação de efeitos da mudança do clima. O presidente enfatizou que o mundo está “farto de promessas não cumpridas”. A ideia é uma mobilização global para acelerar uma transição justa, inclusiva e sustentável.

      O presidente brasileiro também reforçou a necessidade de atualizar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), com metas de redução de emissões até 2035, e destacou o compromisso do Brasil de reduzir de 59% a 67% das emissões de gases de efeito estufa. “Não se pode falar em transição justa sem incorporar a perspectiva de setores historicamente marginalizados, como mulheres, negros e indígenas”, afirmou Lula.

      Além das NDCs, Lula também mencionou o lançamento do balanço ético global, uma parceria entre Brasil e ONU que visa promover a mobilização política e engajamento de diversos setores da sociedade, como jovens, artistas, cientistas e povos originários. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) abordou ainda a importância da Aliança Global contra a Fome e Pobreza, iniciada no G20 de 2023, e a proposta do Fundo Floresta Tropical para Sempre, que remunerará países em desenvolvimento que preservam suas florestas.

      Lula fez um apelo para que a COP30 seja marcada pela implementação dos compromissos já acordados, como o fim do desmatamento e a transição para fontes de energia renováveis. A ministra Marina Silva destacou a necessidade de os países desenvolvidos honrarem a promessa de dobrar o financiamento para adaptação climática, alcançando pelo menos US$ 40 bilhões por ano até este ano.

      António Guterres, por sua vez, enfatizou que os efeitos da mudança climática afetam de forma desigual as nações, com países em desenvolvimento sofrendo mais intensamente as consequências, como o aumento do nível do mar nas ilhas do Pacífico e o aquecimento mais rápido na África. 

      O secretário-geral também destacou que os investimentos sustentáveis se tornaram mais atrativos e que é fundamental acelerar a transição energética, com a eliminação gradual do uso de combustíveis fósseis.

      “Precisamos mudar isso rapidamente”, disse Guterres, ressaltando que a África, apesar de abrigar 60% dos melhores recursos solares do mundo, possui apenas 1,5% da capacidade solar instalada globalmente. O secretário-geral também apontou a necessidade de mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para apoiar os países em desenvolvimento, com fontes inovadoras de financiamento para perdas e danos climáticos.

      A cúpula realizada nesta quarta-feira foi a primeira do ano com a magnitude dos compromissos e lideranças presentes. Além dos presidentes da China, Xi Jinping, e França, Emmanuel Macron, participaram da reunião líderes de países como Angola, Malásia, Nigéria, Turquia, Vietnã e as Ilhas Marshall. Outros encontros sobre a COP30 serão realizados até o evento que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.

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