COI veta hóquei russo nos Jogos de Inverno de 2026
Decisão reafirma exclusão por razões políticas e gera reação de Moscou, que promete recorrer da medida
247 - O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu manter a exclusão das equipes russas de hóquei no gelo da próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, prevista para fevereiro de 2026, nas cidades italianas de Milão e Cortina d’Ampezzo.
A informação foi confirmada pelo presidente da Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF), Luc Tardif, em declaração à agência estatal russa TASS.
Questionado sobre a natureza definitiva da medida, Tardif afirmou que “para os Jogos Olímpicos – é uma decisão do COI”, atribuindo a decisão exclusivamente ao comitê olímpico. Desde 2022, ano da intensificação do conflito na Ucrânia, atletas da Rússia e da Belarus têm sido sistematicamente impedidos de participar de competições internacionais sob suas bandeiras, atendendo a orientações do COI.
Em fevereiro deste ano, a própria IIHF prorrogou as sanções que já vinham sendo aplicadas, impedindo as seleções dos dois países de disputarem o calendário da temporada 2025-2026. Embora atletas individuais com aporte russo ou bielorrusso possam competir sob bandeira neutra – desde que cumpram critérios rigorosos de avaliação política –, a criação de equipes compostas por “atletas neutros” continua vetada.
“A recomendação do Comitê Executivo do COI de março de 2023 sobre equipes de atletas com aporte russo permanece válida”, destacou a ESPN, citando uma nota do próprio comitê. “Ela se baseia no entendimento de que, por definição, um grupo de Atletas Neutros Individuais não pode ser considerado uma equipe.”
Diante da manutenção do bloqueio, o Comitê Olímpico Russo anunciou na última semana que irá recorrer da decisão. Moscou tem classificado as restrições impostas pelo COI como violações da Carta Olímpica, argumentando que os Jogos deveriam permanecer imunes a interferências políticas.
A controvérsia em torno da participação russa nos Jogos Olímpicos tem se tornado um símbolo do uso político de sanções esportivas por parte de organismos internacionais, que seguem alinhados a uma lógica de exclusão de atletas com base na nacionalidade, mesmo em competições que historicamente pregam a neutralidade e o espírito de união.
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