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      "Trump opera com simbolismo para reavivar a alma americana", diz Reginaldo Nasser

      Nasser analisa o avanço da extrema-direita nos Estados Unidos e as implicações globais, destacando diferenças entre Brasil e EUA

      (Foto: REUTERS/Brian Snyder | Divulgação )
      Dafne Ashton avatar
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      247 - O professor de relações internacionais Reginaldo Nasser trouxe uma análise detalhada sobre as recentes movimentações políticas nos Estados Unidos durante sua participação no programa Boa Noite 247. Nasser discutiu o avanço da extrema-direita norte-americana liderada por Donald Trump, traçou paralelos com o Brasil e destacou os impactos do discurso nacionalista e protecionista no cenário político e econômico global.

      Segundo Nasser, Trump representa uma figura que apela fortemente ao imaginário histórico norte-americano. “Ele é alguém que opera com simbolismo, reavivando uma história dos Estados Unidos que é muito poderosa. Ele tenta reavivar essa alma americana, uma alma do século XIX, e isso é muito preocupante”, afirmou.

      Para o professor, as políticas de Trump dialogam diretamente com a classe trabalhadora norte-americana, apesar de sua retórica ser amplamente criticada. “Um ponto importante do discurso do Trump, que pouca gente destaca, é que ele fala em classe trabalhadora. Eu sei que ele está enganando a classe, mas ele apela a ela, fazendo uma relação com nacionalismo e protecionismo. Isso atinge uma parte significativa da sociedade americana e da história dos Estados Unidos.”

      Nasser destacou ainda que o avanço de Trump está diretamente relacionado à fragilidade e ao esvaziamento do Partido Democrata. “O processo de deslocamento à direita já vinha dentro do Partido Democrata. Tudo que falamos sobre o Trump precisa ser contrastado com os democratas, porque são os dois principais partidos. Esse esvaziamento ajuda a explicar o crescimento dele.”

      O professor também apontou diferenças significativas entre a extrema-direita dos Estados Unidos e a do Brasil. “É tentador ver mais semelhanças do que diferenças, mas eu discordo. Lá, há um enraizamento histórico e uma sustentação que inclui apelos à classe trabalhadora. Aqui no Brasil, falta esse vínculo, é algo mais episódico.”

      Sobre as políticas externas de Trump, Nasser avaliou como “palavrório” algumas de suas declarações sobre expansão territorial, mas destacou a importância de seu impacto econômico. “A expansão territorial não faz sentido, mas a expansão econômica, especialmente ligada à elite de bilionários e ao setor tecnológico, será para valer.”

      Em sua análise, Nasser também traçou paralelos históricos para contextualizar o nacionalismo norte-americano e suas ações. “O que os Estados Unidos fizeram no século XIX, em termos de genocídios indígenas e escravidão, não deve nada ao nazifascismo. Isso mostra que o nacionalismo de extrema-direita nos Estados Unidos tem raízes profundas, diferentemente do Brasil, que apenas segue pautas americanas.”

      O professor encerrou apontando os desafios internos que os Estados Unidos enfrentam. “A Justiça será um teste para essas ações. Se o sistema jurídico americano concordar com essas medidas, a balança de pesos e contrapesos que caracteriza a democracia americana estará cada vez mais enfraquecida.”

      A análise de Nasser lança luz sobre as dinâmicas complexas da política norte-americana e seus reflexos no cenário internacional, destacando o papel crucial das elites e das estruturas institucionais em um momento de intensificação da polarização política. Assista: 

       

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