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      “O cancelamento é uma forma moderna de perseguição”, diz Genoino

      Ex-presidente do PT relembra efeitos do linchamento público sem provas

      (Foto: Brasil247 | ABR)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Durante entrevista ao programa Bom Dia 247, o ex-presidente nacional do PT, José Genoino, fez duras críticas à cultura do cancelamento nas redes sociais, ao comentar o recente episódio envolvendo o professor e jurista Alysson Mascaro, que foi alvo de acusações e linchamento virtual. A fala de Genoino foi uma resposta à entrevista concedida por Mascaro ao próprio canal 247, na qual o intelectual se defendeu das acusações, que até o momento não apresentaram comprovação.

      Genoino classificou o episódio como simbólico dos tempos atuais, marcados por julgamentos sumários e pela supressão do direito à defesa. “O cancelamento é uma forma moderna de perseguição”, afirmou. Para ele, o caso de Mascaro expõe um fenômeno que tem origem nas chamadas “revoluções coloridas” e em processos de manipulação midiática. “Esses cancelamentos... representaram uma coisa tão pesada, o sofrimento que ele ou, a situação de não ter uma prova, de não ter uma coisa consistente...”, disse o ex-deputado.

      Ao lembrar sua própria experiência no caso do mensalão, Genoino explicou que também foi alvo de perseguição midiática e linchamento moral. “Eu fui vítima disso, no caso, principalmente do Mensalão, quando fui inclusive cercado dentro e fora do Congresso, a própria minha casa”, relatou. Ele defendeu que os processos de apuração sejam democráticos e respeitem os direitos de defesa. “O processo tem que ser muito democrático, com todos os direitos. As pessoas não podem ser torturadas psicologicamente.”

      Genoino também fez uma crítica ao papel das redes sociais como catalisadoras desses processos de linchamento, em que a condenação pública precede qualquer averiguação. “Hoje, se chama de cancelamento o que antes era perseguição. É uma forma moderna, virtual, de matar politicamente uma pessoa. A pessoa vive, mas está morta”, afirmou.

      Na mesma linha, ele elogiou a entrevista de Mascaro ao 247, classificando-a como “corajosa, um desabafo organizado, consistente” e destacou a importância de abrir espaço para escutar as versões de quem está sendo acusado. “É importante a gente discutir esses temas... principalmente colocando a relação deles com a luta democrática, pelos direitos, por um Brasil feminista, antirracista, sem preconceito, sem homofobia e que dê espaço para os povos originários.”

      Ao fim de sua manifestação, Genoino enfatizou a necessidade de não isolar as lutas contra o preconceito das disputas estruturais. “Essas bandeiras são parte do nosso projeto de luta contra o sistema capitalista. Nós não podemos isolar a luta por essas bandeiras de uma perspectiva mais geral”, concluiu. Assista: 

       

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