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      “Não é possível termos um país calado diante do grito e da dor de uma mulher”, diz Cida Gonçalves

      Ministra Cida Gonçalves denuncia aumento do feminicídio e critica omissão da sociedade diante da violência contra as mulheres

      (Foto: Divulgação | ABR)
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      247 - Em entrevista ao programa Estação Sabiá, da TV 247, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, fez um forte alerta sobre o crescimento dos casos de feminicídio no Brasil e a necessidade de um comprometimento nacional para combater a violência contra as mulheres. "Não é possível termos um país calado diante do grito e da dor de uma mulher para não ser morta. Não é possível que ninguém escute o grito de uma criança sendo estuprada dentro de casa", afirmou a ministra, criticando a omissão da sociedade frente a esses crimes.

      Cida Gonçalves destacou as principais iniciativas do Ministério das Mulheres, como a mobilização nacional pelo Feminicídio Zero, a reestruturação da Central de Atendimento à Mulher e a implantação da Casa da Mulher Brasileira. Segundo ela, o ministério foi praticamente desmontado durante o governo Bolsonaro e está em um processo de reconstrução para garantir proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.

      A ministra também denunciou o aumento da violência política de gênero, especialmente contra candidatas a cargos eletivos. "A violência política de gênero, por exemplo, aumentou muito, contra mulheres candidatas a governadoras, prefeitas, vereadoras e deputadas, e mesmo parlamentares", afirmou.

      Outra preocupação apontada pela ministra é o crescimento de discursos misóginos em plataformas digitais. Em parceria com o NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Ministério das Mulheres realizou uma pesquisa no YouTube que revelou a existência de programas remunerados que incentivam o ódio contra as mulheres. "Esses perfis incentivam e empoderam os agressores. Maria da Penha ficou dois meses trancada dentro de casa por causa de ameaças no ano ado", relatou.

      A ministra reforçou a necessidade de políticas públicas robustas para garantir a segurança e os direitos das mulheres. "Precisamos de políticas públicas fortes para proteger as mulheres. A prioridade do governo Lula são as mulheres: 85% do Bolsa Família é entregue às mulheres; 90% das pessoas beneficiadas pelo Minha Casa Minha Vida são mulheres. No programa da agricultura familiar, 70% das beneficiárias hoje produzem a agroecologia", destacou.

      Para Cida Gonçalves, a luta pelos direitos das mulheres deve ser um compromisso coletivo. "O problema da mulher não é só do presidente Lula ou da ministra das Mulheres. É um problema da nação brasileira, de como queremos o futuro desse país e de como queremos viver dentro dele", concluiu. Assista: 


       

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