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      Ligue 180 recebeu mais de 690 mil chamadas em 2024: violência psicológica lidera lista de práticas contra as mulheres

      O ambiente doméstico e familiar permanece como o principal cenário das agressões

      Ato contra o machismo no Brasil (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A reestruturação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, prevista no Programa Mulher Viver sem Violência (Decreto nº 11.431/2023), já reflete em números expressivos. Segundo dados divulgados pelo Ministério das Mulheres, o canal registrou 691.444 ligações em 2024, um aumento de 21,6% em relação ao ano anterior. O volume de atendimentos via WhatsApp, criado em abril de 2023, também disparou, crescendo 63,4% e totalizando 14.572 interações. No geral, considerando todas as plataformas, o Ligue 180 realizou 750.687 atendimentos ao longo do ano, o que significa uma média diária de 2.051 chamados.

      A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, atribui o crescimento à maior confiança da população no canal, que tem recebido investimentos em capacitação e estrutura. “Temos investido na capacitação das profissionais que realizam o atendimento e o acolhimento das mulheres, tanto para a informação sobre direitos e serviços da rede, como para o correto tratamento e encaminhando das denúncias aos órgãos competentes, aumentando a confiança no canal”, explica. O impacto de campanhas como "Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada", lançada em agosto de 2024, também é apontado como um dos fatores para a maior procura pelo canal.

      Denúncias e perfil das vítimas - Em 2024, o Ligue 180 registrou 132.084 denúncias, um crescimento de 15,2% em comparação com as 114.626 denúncias do ano anterior. Dentre essas, 83.612 foram feitas pelas próprias vítimas, 48.316 por terceiros e 156 pelo próprio agressor.  

      A maioria das vítimas que declararam raça/cor são mulheres negras, representando 52,8% das denúncias. Entre elas, 53.431 foram contra mulheres pardas e 16.373 contra mulheres pretas. Mulheres brancas somaram 48.747 denúncias, seguidas por amarelas (779) e indígenas (620).  

      Já em relação à faixa etária, os grupos mais afetados foram mulheres entre 40 e 44 anos (18.583 denúncias), seguidas por mulheres de 35 a 39 anos (17.572) e de 30 a 34 anos (17.382).  

      Tipos de violência - O total de violações reportadas em 2024 foi de 573.131, uma leve redução de 3,9% em relação a 2023. Entre os tipos de violência mais denunciados, a psicológica lidera com 101.007 casos, seguida pela física (78.651), patrimonial (19.095), sexual (10.203), moral (9.180) e cárcere privado (3.027). Como uma mesma denúncia pode conter múltiplas violações, os números reforçam a complexidade dos casos atendidos pela Central.  

      Quem são os agressores? - A relação íntima entre vítima e agressor continua predominante. Companheiros atuais somam 17.915 denúncias e ex-companheiros, 17.083. O ambiente doméstico e familiar permanece como o principal cenário das agressões: a residência da vítima foi apontada em 53.019 denúncias, enquanto a casa compartilhada com o agressor apareceu em 43.097 registros.  

      Além disso, os dados apontam para a recorrência da violência. Ao todo, 32.591 denúncias indicam que a agressão ocorre há mais de um ano, e 46,4% das vítimas relataram sofrer agressões diariamente.

      Expansão e modernização do atendimento - Desde agosto de 2024, o Ligue 180 opera com uma nova Central de Atendimento, desvinculada da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. O governo federal investiu R$ 84,4 milhões na ampliação da infraestrutura e firmou acordos de cooperação técnica com estados para melhorar o fluxo de encaminhamento das denúncias. Até agora, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí, Acre, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e o Distrito Federal aderiram ao novo modelo, além do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).  

      Outra novidade é a ampliação da base de dados do Ligue 180, que agora conta com mais de 2,6 mil serviços especializados da Rede de Atendimento à Mulher. Para facilitar o o à informação, o Ministério das Mulheres lançou o Ligue 180, disponível em www.gov.br/mulheres/ligue180, permitindo que as usuárias localizem rapidamente os serviços de apoio mais próximos.  

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