“É mais fácil liquidarem o Trump do que a globalização”, diz Rui Costa Pimenta
Presidente do PCO afirma que o capital financeiro internacional irá reagir ao trumpismo
247 – O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, afirmou em entrevista à TV 247 que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apesar de adotar uma postura agressiva e antissistêmica com seu tarifaço e sua guerra comercial contra o mundo, representa um setor enfraquecido da burguesia americana. “A atitude de Trump é agressiva, mas não podemos defender o sistema neoliberal”, avaliou.
Para Rui, Trump se coloca contra a hegemonia do capital imperialista, mas não oferece uma alternativa progressista. “Ele está enfrentando o setor dominante da burguesia, do capital imperialista, que está defendendo a globalização”, explicou. Nesse embate, o analista político acredita que o sistema financeiro internacional, com capacidade de articulação global, não permitirá que o trumpismo se consolide como força hegemônica. “É mais fácil liquidarem o Trump do que a globalização”, disse.
Rui também apontou contradições do capitalismo estadunidense. “Os Estados Unidos são vítimas do próprio capital financeiro”, afirmou. Segundo ele, a financeirização da economia e a desindustrialização enfraqueceram o país internamente, criando um terreno fértil para a retórica populista de direita.
Oportunidade para o Brasil
Na leitura de Rui Costa Pimenta, o colapso da globalização representaria uma oportunidade histórica para o Brasil. “Se a globalização afundasse, o Brasil teria uma oportunidade de reindustrialização”, afirmou, relembrando que a crise de 1929 permitiu a ruptura com o modelo agro-exportador.
Ele defendeu que o país busque uma integração econômica mais profunda com os BRICS, em oposição à dependência do capital internacional. “O Brasil deveria procurar uma integração econômica com os países dos BRICS”, sugeriu.
Crítica à esquerda domesticada
O presidente do PCO também criticou o papel da esquerda que se adapta ao sistema. “A esquerda precisa defender o socialismo. Se não for o socialismo, é uma democracia de pura aparência”, afirmou. Para ele, o capital brasileiro atua contra os interesses nacionais. “O capital brasileiro é inimigo do Brasil”, concluiu. Assista:
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