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      “Alexandre de Moraes talvez seja hoje o maior inimigo das big techs no planeta”, diz Reynaldo Aragon

      Ao reunir provas que desnudam elo entre big techs e redes de desinformação, Moraes virou alvo central da máquina bolsonarista e do poder algorítmico global

      (Foto: Divulgação | STF)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o jornalista, pesquisador e colunista do Brasil 247 Reynaldo Aragon apontou que as plataformas digitais estão no centro da ofensiva global que impulsiona a extrema direita. Segundo ele, a atuação dessas empresas não se limita à tecnologia, mas inclui influência política direta, manipulação do comportamento social e interferência em eleições, como ocorreu no Brasil. Nesse contexto, destacou: “Alexandre de Moraes talvez seja hoje o maior inimigo das big techs no planeta”.

      Para Aragon, Moraes tornou-se o principal alvo da ofensiva da extrema direita e das plataformas porque tem o a provas robustas da participação dessas empresas na construção e manutenção de redes de desinformação. “Se hoje o Alexandre de Moraes é o homem mais perseguido da República, mais do que o Lula, inclusive, é exatamente porque ele tem nas mãos muitos dados, muitas provas contra essas plataformas”, afirmou. As investigações conduzidas por ele no Supremo Tribunal Federal abrangem os inquéritos das fake news, da pandemia de Covid-19 e dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

      Aragon sustenta que a manipulação algorítmica dessas plataformas vem moldando o cenário político brasileiro desde 2005, com maior intensidade a partir da recusa do Brasil à ALCA. Ele vê esse período como o início de uma guerra híbrida contínua que evoluiu em ondas cada vez mais intensas, associadas ao avanço das tecnologias de informação. “A sociedade ou a ser bombardeada por estímulos que moldaram comportamentos, como no caso da corrupção, levando à destruição simbólica do campo progressista e à ascensão da extrema direita”, disse.

      O pesquisador identifica na chamada “bancada do like” e na Frente Parlamentar de Cibersegurança, composta por nomes como Sergio Moro e Damares Alves, os braços legislativos dessa ofensiva tecnopolítica. Para ele, essas articulações têm como objetivo consolidar maioria parlamentar em 2026. “O objetivo central não é eleger Bolsonaro, mas conquistar 50% mais um do Congresso, o que permitiria fazer o que quisessem: mudar ministros do Supremo, alterar a Constituição, controlar o orçamento”, alertou.

      Segundo Aragon, episódios como o alto alcance de publicações de parlamentares bolsonaristas nas redes — como um vídeo de Nikolas Ferreira que teria alcançado 300 milhões de visualizações em um dia — revelam como as plataformas modulam artificialmente a visibilidade de conteúdos, desestabilizando o debate público. “A matemática não bate. Foi uma resposta da plataforma: ‘eu não preciso mentir, eu tenho algoritmo’”, afirmou.

      Ao final da entrevista, Aragon defendeu que a soberania informacional deve ser tratada como prioridade estratégica pelo Estado brasileiro. “No mundo de hoje, nenhuma soberania — territorial, econômica, tecnológica — é possível sem soberania informacional”, disse. Ele chamou a atenção para o risco de que, apesar de avanços econômicos e sociais do governo Lula, o campo progressista sofra uma derrota simbólica em 2026 devido ao poder das plataformas. “Estamos ganhando institucionalmente, mas perdendo feio na disputa simbólica, e isso pode custar muito caro ao país.” Assista:

       

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