Ministros do STF cobram reação do governo Lula às ameaças dos EUA contra Alexandre de Moraes
Magistrados do Supremo defendem que o Brasil tenha postura firme diante das investidas da gestão Donald Trump contra o Judiciário brasileiro
247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve atuar frente às ameaças dos Estados Unidos de aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes. Nesta linha, quatro integrantes da Corte ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo,manifestaram apoio à ideia de que representantes do governo federal comuniquem ao governo de Donald Trump que não cabe aos EUA interferir nos assuntos internos do Brasil, especialmente no que tange ao Poder Judiciário.
Essa não é a primeira vez que ministros do STF cobram uma reação do governo brasileiro contra as investidas da istração Trump contra Moraes. Há cerca de três meses, os magistrados também haviam exigido uma resposta firme diante dos ataques do empresário Elon Musk ao ministro. Além disso, integrantes do Itamaraty vêm se esforçando para esclarecer a autoridades americanas o papel do STF na manutenção da democracia brasileira.
A manifestação dos ministros do STF acontece após o chefe do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, indicar que o governo Trump está considerando a imposição de sanções contra Moraes. A declaração foi dada durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Congresso americano, na quarta-feira (21).
Em resposta a uma pergunta do deputado republicano da Flórida, Corry Mills, sobre a possibilidade de sanções contra o ministro brasileiro, Rubio afirmou que isso está sob análise no momento e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos EUA como objetivo de buscar apoio a punições contra Moraes junto a congressistas republicanos e membros da istração Trump, comemorou o movimento.
Apesar das pressões externas, os ministros do STF continuam firmes em sua postura de não ceder a interferências externas. Eles reiteram que seguirão com seu trabalho de forma independente, incluindo o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado.
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